Maduro é indiciado por "narcoterrorismo" nos Estados Unidos

Maduro é indiciado por "narcoterrorismo" nos Estados Unidos

A recompensa é de 15 milhões de dólares pela prisão do presidente venezuelano

AFP

Maduro foi acusado pelo governo dos EUA

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O presidente venezuelano Nicolás Maduro e vários membros de seu regime foram acusados de "narcoterrorismo" nos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira (26) o procurador-geral americano, Bill Barr. Eles foram indiciados por "terem participado de uma associação criminosa que envolve uma organização terrorista extremamente violenta, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), e de um esforço para inundar os Estados Unidos com cocaína", afirmou Barr em coletiva de imprensa virtual.

As autoridades americanas apontam Maduro como líder da organização de narcotráfico Cartel de los Soles, que, segundo eles, envolveria políticos do alto escalão e membros das forças militares e judiciárias venezuelanas. Barr afirmou que entre 200 e 250 toneladas de cocaína foram enviadas sob a proteção do governo venezuelano.

Ao mesmo tempo, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou em comunicado que o Departamento de Estado "oferece uma recompensa de até 15 milhões de dólares por informações relacionadas a Nicolás Maduro". Recompensas de dez milhões de dólares também foram prometidas em troca de informações "que possibilitem prender e/ou condenar" outras pessoas próximas ao líder socialista.

Maduro, sucessor de Hugo Chávez em 2013, foi reeleito para um segundo mandato em 2018, após um boicote eleitoral da oposição, que rejeitou os resultados por considerá-los fruto de fraudes, assim como grande parte da comunidade internacional. Os Estados Unidos, assim como outros 50 países, apoiam o líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), que reconhecem como presidente interino desde janeiro de 2019.

Desde então, o governo de Donald Trump vem pressionando pela saída de Maduro do poder, a quem ele chama de "ditador", com uma bateria de sanções econômicas. Mas Maduro conserva o apoio da China, Rússia e Cuba.


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