Maduro pede cúpula de presidentes da América Latina após onda de rejeição
Nenhum representante de países das américas ou da União Europeia participou da cerimônia de posse
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"Quero ver o rosto de Iván Duque (presidente colombiano e crítico de Maduro) e vê-lo falar sobre a Venezuela (...) acho que eles têm medo de nós", acrescentou, desafiador.
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Coincidindo com o início do novo mandato, a Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quinta-feira uma resolução declarando o governante socialista "ilegítimo", enquanto o Paraguai anunciou a ruptura das relações com a Venezuela. O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, anunciou que os Estados Unidos vão aumentar sua "pressão sobre o regime corrupto" na Venezuela.
Ao pedir "que se escute a Venezuela" para "resolver esta situação", Maduro reiterou suas denúncias habituais sobre uma onda de "intolerância" entre os governos de direita que se impuseram na região.
O presidente acusou a oposição venezuelana, chamando-a de "fascista", de "infectar" a "direita latino-americana e caribenha". "Vamos ver o caso do Brasil e o surgimento de um fascista como o presidente Jair Bolsonaro", declarou. Maduro, que em várias ocasiões denunciou os planos de Washington de derrubá-lo ou mesmo de assassiná-lo, disse que os Estados Unidos estão promovendo uma "guerra mundial" contra a Venezuela com o apoio de governos aliados no hemisfério.