Marinheiro abre fogo e mata duas pessoas em base de Pearl Harbor

Marinheiro abre fogo e mata duas pessoas em base de Pearl Harbor

Tiroteio ocorreu três dias antes do 78º aniversário do ataque ao local na II Guerra Mundial

AFP

Um civil atingido recebe atendimento médico em condição estável

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Um marinheiro abriu fogo na base naval de Pearl Harbor, no Havaí, e matou duas pessoas, antes de cometer suicídio. As duas vítimas fatais eram funcionários civis do Departamento de Defesa. Um terceiro civil está ferido, mas em condição estável, em um hospital.

O marinheiro abriu fogo perto do Dique Seco No. 2, próximo à entrada sul da base, conhecida por ter sido o alvo de um bombardeio do império japonês em 1941 que provocou a entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial. O ataque aconteceu três dias antes do 78º aniversário do ataque japonês a Pearl Harbor, que matou 2.403 militares americanos.

"O incidente nos entristece. Nossos pensamentos e orações estão com as vítimas e suas famílias", afirmou o contra-almirante Robert Chadwick, comandante da Região Naval do Havaí, em um comunicado. "A segurança da base, os serviços de investigação da Marinha e outras agências estão investigando o incidente", completou. "Isto será completamente investigado. Vamos examinar todos os aspectos, incluindo as lições aprendidas e o potencial para segurança adicional", afirmou posteriormente em entrevista coletiva.

O atirador, identificado como um marinheiro designado para o submarino USS Columbia, começou a atirar às 14h30min locais (21h30min de Brasília). A base permaneceu fechada por uma hora e meia. Os nomes das vítimas serão divulgados apenas depois da notificação das famílias. Canais de televisão exibiram imagens de ambulâncias e veículos blindados mobilizados dentro da base. Os bombeiros enviaram seis unidades.

A base conjunta Pearl Harbor Hickam abriga tanto a Força Aérea como a Marinha, que mantém no local a Frota do Pacífico. Uma testemunha, que pediu anonimato, declarou ao site Hawaii News Now que depois de ouvir os tiros viu "três pessoas no chão". Duas escolas dentro da base foram fechadas, assim como um centro de ensino próximo.

O governador do Havaí, David Ige, declarou que "se une à solidariedade do povo havaiano para expressar nosso pesar por esta tragédia e preocupação com os atingidos pelo tiroteio". Ige assinalou que a Casa Branca ofereceu a assistência das agências federais. O pior tiroteio na história do Havaí aconteceu há pouco mais de 20 anos, quando um funcionário da Xerox matou sete colegas de trabalho.

Em 2016, o Pentágono flexibilizou as regras sobre o porte de armas de fogo pelas tropas em instalações do governo, em resposta a uma série de ataques fatais contra militares. Militares em determinadas funções podem portar armas, mas com as novas regras, os comandantes podem autorizar o transporte de armas de propriedade privada.


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