Ministro da Defesa da Venezuela respalda Maduro no poder
Presidente autodeclarado, Guaidó recebeu apoio de pelo menos 12 países
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“O desespero e a intolerância atentam contra a paz da Nação. Os soldados da Pátria não aceitamos um presidente imposto à sombra de interesses obscuros, nem autoproclamado à margem da Lei. A FANB defende nossa Constituição e é garantidora da soberania nacional”, escreveu Padrino no Twitter. A manifestação foi respaldada por alguns oficiais das Forças Armadas na mesma rede social.El desespero y la intolerancia atentan contra la paz de la Nación. Los soldados de la Patria no aceptamos a un presidente impuesto a la sombra de oscuros intereses ni autoproclamado al margen de la Ley. La FANB defiende nuestra Constitución y es garante de la soberanía nacional. — Vladimir Padrino L. (@vladimirpadrino) 23 de janeiro de 2019
Também por meio do Twitter, o Exército respaldou Maduro:
Nas suas redes sociais, Maduro publicou diversas imagens de manifestações em apoio ao seu governo. O 23 de janeiro é uma data especial na Venezuela em razão de ser aniversário da Revolta Popular, uma rebelião militar contra o ditador Pérez Jiménez.El @EjercitoFANB se mantiene apegado a la Constitución de la República Bolivariana de Venezuela y las Leyes. Rechazamos toda injerencia que atente contra nuestra Independencia, Soberanía e Integridad y ratificamos a nuestro Presidente y Comandante en Jefe Nicolás Maduro Moros. pic.twitter.com/33kOXIk6FV — Comandante del Ejército Bolivariano (@Cmdte_Ejercito) 23 de janeiro de 2019
Em uma quarta-feira marcada por protestos contra e a favor do governo de Nicolás Maduro, pelo menos 16 prisões ocorreram ao longo do dia – e 59 desde segunda, conforme informações do jornal El Tiempo, da Colômbia. À noite, houve pelo menos quatro mortes em tumultos.
Divisão diplomática
Mais cedo, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se como presidente interino da Venezuela. Ele recebeu apoio de 11 dos 14 países que integram o Grupo de Lima: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru. Além disso, também foi reconhecido pelo governo dos Estados Unidos – o que fez com que Maduro rompesse relações diplomáticas com o país minutos depois.
Os 11 países do Grupo de Lima “apoiam o início do processo de transição democrática na Venezuela com base em sua Constituição, visando realizar novas eleições no prazo mais breve, com a participação de todos os atores políticos e com as garantias e padrões internacionais necessários, e condenam os atos de violência ocorridos na Venezuela”.
Por outro lado, Cuba expressou seu “firme apoio” a Maduro. “Nosso apoio e solidariedade ao presidente Nicolás Maduro ante as tentativas imperialistas de desacreditar e desestabilizar a Revolução Bolivariana”, escreveu o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel. O governo do México disse que ainda reconhece o governo de Nicolás Maduro: “Até onde estamos, (o posicionamento do México) é de que nós reconhecemos as autoridades eleitas de acordo com a Constituição venezuelana”, disse à agência de notícias AFP o porta-voz da Presidência mexicana, Jesús Ramírez.
*Com AFP