Ministro da Defesa da Venezuela respalda Maduro no poder

Ministro da Defesa da Venezuela respalda Maduro no poder

Presidente autodeclarado, Guaidó recebeu apoio de pelo menos 12 países

Correio do Povo

Quarta-feira foi marcada por diversas manifestações em Caracas

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Importante ator na tumultuada situação política do país, a Força Armada da Venezuela (FANB) rejeita a autoproclamação do líder do Legislativo, Juan Guaidó, como presidente interino do país. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, no fim da tarde desta quarta-feira.
“O desespero e a intolerância atentam contra a paz da Nação. Os soldados da Pátria não aceitamos um presidente imposto à sombra de interesses obscuros, nem autoproclamado à margem da Lei. A FANB defende nossa Constituição e é garantidora da soberania nacional”, escreveu Padrino no Twitter. A manifestação foi respaldada por alguns oficiais das Forças Armadas na mesma rede social.

Também por meio do Twitter, o Exército respaldou Maduro:
Nas suas redes sociais, Maduro publicou diversas imagens de manifestações em apoio ao seu governo. O 23 de janeiro é uma data especial na Venezuela em razão de ser aniversário da Revolta Popular, uma rebelião militar contra o ditador Pérez Jiménez.

Em uma quarta-feira marcada por protestos contra e a favor do governo de Nicolás Maduro, pelo menos 16 prisões ocorreram ao longo do dia – e 59 desde segunda, conforme informações do jornal El Tiempo, da Colômbia. À noite, houve pelo menos quatro mortes em tumultos.

Divisão diplomática

Mais cedo, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamou-se como presidente interino da Venezuela. Ele recebeu apoio de 11 dos 14 países que integram o Grupo de Lima: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru. Além disso, também foi reconhecido pelo governo dos Estados Unidos – o que fez com que Maduro rompesse relações diplomáticas com o país minutos depois.

Os 11 países do Grupo de Lima “apoiam o início do processo de transição democrática na Venezuela com base em sua Constituição, visando realizar novas eleições no prazo mais breve, com a participação de todos os atores políticos e com as garantias e padrões internacionais necessários, e condenam os atos de violência ocorridos na Venezuela”.

Por outro lado, Cuba expressou seu “firme apoio” a Maduro. “Nosso apoio e solidariedade ao presidente Nicolás Maduro ante as tentativas imperialistas de desacreditar e desestabilizar a Revolução Bolivariana”, escreveu o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel. O governo do México disse que ainda reconhece o governo de Nicolás Maduro: “Até onde estamos, (o posicionamento do México) é de que nós reconhecemos as autoridades eleitas de acordo com a Constituição venezuelana”, disse à agência de notícias AFP o porta-voz da Presidência mexicana, Jesús Ramírez.

*Com AFP


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