Morte de Fidel comove e silencia cubanos, relata escritor Airton Ortiz
Criador do gênero Jornalismo de Aventura revela que cubanos falam em "desaparecimento físico" do comandante
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“Há uma comoção generalizada no país, pode-se notar no semblante das pessoas. Os cubanos, tão alegres e expansivos, mal conseguem levantar a voz para falar. E ninguém pronuncia a palavra morte. Se referem ao falecimento de Fidel Castro como seu "desaparecimento físico" ou "partida física", deixando implícito que sua imagem e seu legado continuará”, revelou Ortiz neste sábado ao Correio do Povo.
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Ocorrerão homenagens póstumas na segunda e na terça-feira por todo o país. Na terça-feira, às 19h (diferença de três a menos para o horário brasileiro de verão), será realizado um grande ato fúnebre na Plaza de la Revolución. No dia seguinte, às cinzas de Fidel Castro serão transladadas em caravana até Santiago de Cuba e chegarão no dia 3 de dezembro para a última homenagem.
“Apesar dele estar doente há longo tempo, as pessoas parecem não acreditar em sua morte. Os cubanos que nasceram depois de Fidel Castro, nunca viveram sem ele. As bandeiras a meio pau, em toda a cidade de Havana, são o que restou para consolar o povo e lembrar que as conquistas sociais da Revolução devem ser preservadas", afirmou o escritor.
"O governo decretou luto oficial por nove dias. Desde o início da manhã estão chegando manifestações de pesar de lideres mundiais, inclusive de Dilma Rousseff, a quem a TV local qualificou como "presidenta do Brasil"”, destacou Ortiz.
No dia 4, às 7h (horário local), as cinzas serão levadas para o cemitério de Santiago de Cuba. A expectativa é que o translado seja marcado pela emoção dos populares.