Mulher do EI é julgada na Suécia por usar filho como criança-soldado

Mulher do EI é julgada na Suécia por usar filho como criança-soldado

Este é o primeiro julgamento iniciado no país por crimes de guerra relacionados ao uso de uma criança

AFP

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Uma mulher será julgada na Suécia sob a acusação de crime de guerra agravado e de violação do direito internacional, por ter incitado seu filho caçula a se tornar uma criança-soldado do grupo do Estado Islâmico (EI) na Síria – anunciou a Promotoria nesta terça-feira.

Essa mulher de 49 anos, cuja nacionalidade não foi especificada, partiu para a Síria em 2013 e permitido, segundo a acusação, o recrutamento e o uso de seu filho, então com 12 anos. O garoto morreu em 2017, em circunstâncias não especificadas.

Este é o primeiro julgamento iniciado no país por crimes de guerra relacionados ao uso de uma criança-soldado, afirmou o Ministério Público.

"Suspeita-se de que, entre 1º de agosto de 2013 e 27 de maio de 2016, data em que o jovem completou 15 anos, esta mãe foi responsável pelo recrutamento e uso contínuo de seu filho na Síria para participar diretamente das hostilidades de grupos armados, incluindo a organização terrorista Estado Islâmico", acrescentou a Promotoria em um comunicado.

Segundo provas da investigação, "durante o período em que viveu em sua casa, o filho foi educado e treinado para participar das hostilidades, equipado com material e armas militares, usados em combate, e também para fins de propaganda e em outras missões que fazem parte do esforço de guerra", relatou a promotora Reena Devgun.

A mulher, que voltou para a Suécia em 2020, nega as acusações, segundo a imprensa local. Ao partir para a Síria, a ré levou seus cinco filhos com ela, de acordo com a televisão pública SVT.


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