Mundo reage em choque à invasão do Capitólio nos Estados Unidos
Apoiadores de Trump invadiram o Congresso americano, interrompendo a sessão de certificação da vitória de Biden
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A invasão do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, por apoiadores do presidente Donald Trump, nesta quarta-feira, proporcionou "cenas chocantes", alertou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, uma manifestação compartilhada por vários líderes mundiais.
"Cenas chocantes em Washington. O resultado dessa eleição democrática deve ser respeitado", escreveu no Twitter o chefe da aliança militar atlântica.
Shocking scenes in Washington, D.C. The outcome of this democratic election must be respected.
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) January 6, 2021
A chegada dos partidários furiosos de Trump forçou a interrupção da sessão destinada a certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro.
O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, por sua vez, lamentou as "cenas profundamente perturbadoras no Capitólio". "Os votos dos cidadãos devem ser respeitados. Confiamos que os Estados Unidos garantirão a proteção das regras da democracia", disse o líder do legislativo europeu em um tweet.
Deeply concerning scenes from the US Capitol tonight. Democratic votes must be respected. We are certain the US will ensure that the rules of democracy are protected.
— David Sassoli (@EP_President) January 6, 2021
O Alto Representante (chefe da diplomacia) da UE, Josep Borrell, também denunciou um ataque sem precedentes à democracia nos Estados Unidos e pediu respeito ao resultado das eleições de novembro.
"Aos olhos do mundo, a democracia americana parece estar sob assédio. É um ataque sem precedentes à democracia dos Estados Unidos, suas instituições e o império da lei. Isto não são os Estados Unidos. Os resultados das eleições de 3 de novembro devem ser plenamente respeitados", afirmou Borrell no Twitter.
In the eyes of the world, American democracy tonight appears under siege.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) January 6, 2021
This is an unseen assault on US democracy, its institutions and the rule of law.
This is not America. The election results of 3 November must be fully respected.
O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, também condenou o que chamou de "um ataque grave contra a democracia". "A violência contra as instituições americanas é um ataque grave contra a democracia. Eu a condeno. A vontade e o voto do povo americano devem ser respeitados", tuitou o ministro francês.
The violent acts against American institutions are a grave attack against democracy. I condemn them. The American people's will and vote must be respected
— Jean-Yves Le Drian (@JY_LeDrian) January 6, 2021
Enquanto isso, o comissário da União Europeia para a Economia, Paolo Gentiloni, postou no Twitter uma foto dos apoiadores de Trump nos corredores do Capitólio e comentou: "Vergonha". Em outra mensagem, ele observou que se tratam de "imagens que não gostaríamos de ter visto".
Shame pic.twitter.com/MXUh1JULeN
— Paolo Gentiloni (@PaoloGentiloni) January 6, 2021
US #Capitol Immagini che non avremmo mai voluto vedere
— Paolo Gentiloni (@PaoloGentiloni) January 6, 2021
Antigo aliado de Trump, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, denunciou o que chamou de "cenas vergonhosas" de Washington e pediu uma "transição pacífica" de poder com o democrata Joe Biden. "Cenas vergonhosas no Congresso americano. Os Estados Unidos são os defensores da democracia em todo o mundo e agora é vital que a transferência do poder seja feita de forma pacífica e ordeira", afirmou Johnson no Twitter.
Disgraceful scenes in U.S. Congress. The United States stands for democracy around the world and it is now vital that there should be a peaceful and orderly transfer of power.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) January 6, 2021
"Os Estados Unidos têm, e com razão, muito orgulho de sua democracia e nada pode justificar essas tentativas violentas de inviabilizar a transição legal de poder", criticou o chanceler britânico, Dominic Raab.
The US rightly takes great pride in its democracy, and there can be no justification for these violent attempts to frustrate the lawful and proper transition of power.
— Dominic Raab (@DominicRaab) January 6, 2021
"Cenas chocantes e profundamente tristes em Washington D.C. que devem ser chamadas do que são: uma agressão deliberada à democracia por um presidente que está deixando o cargo e seus apoiadores, que estão tentando reverter uma eleição livre e legítima", condenou seu homólogo irlandês, Simon Coveney.
"O mundo está de olho em vocês", acrescentou, pedindo uma "volta à calma".
Shocking & deeply sad scenes in Washington DC - we must call this out for what it is: a deliberate assault on Democracy by a sitting President & his supporters, attempting to overturn a free & fair election! The world is watching!
— Simon Coveney (@simoncoveney) January 6, 2021
We hope for restoration of calm. pic.twitter.com/1OdQYEB35K
O primeiro-ministro irlandês, Michael Martin, lembrou o "vínculo profundo" de seu país com os Estados Unidos, declarando que estava acompanhando os acontecimentos em Washington com "grande preocupação e consternação".
Mais cedo, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, exortou os seguidores do presidente Trump, a "deixarem de pisotear a democracia" depois que eles invadiram o Congresso americano, em Washington. "Trump e seus seguidores deveriam finalmente aceitar a decisão dos eleitores americanos e deixar de pisotear a democracia", tuitou, acrescentando que "as palavras incendiárias viram ações violentas".
Herr Maas ihnen fehlt der Weitblick ins Innere des eigenen Land, halten sie sich aus den Gegebenheiten der USA heraus!
— Mediaguru (@bdigital2017) January 6, 2021