Número de mortes da pandemia de coronavírus supera 15 mil no mundo

Número de mortes da pandemia de coronavírus supera 15 mil no mundo

Itália é o país mais afetado pela Covid-19

AFP

Médico italiano leva paciente em Milão

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A pandemia do novo coronavírus matou mais de 15 mil pessoas no mundo, de acordo com um balanço da AFP a partir de dados oficiais nesta segunda-feira às 11h GMT (8h de Brasília). No total, foram registradas 15.189 mortes, a maioria na Europa (9.197).

Com 5.476 vítimas fatais, a Itália é o país mais afetado, à frente da China (3.270), foco inicial de contágio, e Espanha (2.182). O Zimbábue e a Nigéria registraram nesta segunda-feira suas primeiras mortes por coronavírus. 

Na Itália, a polícia patrulha as ruas de Roma e supervisiona as praias de todo o país em busca de pessoas que não cumprem a ordem de confinamento. Em sua oração semanal, agora transmitida por 'streaming', o papa Francisco suplicou aos italianos que evitem as aglomerações e cumpram o confinamento "pelo bem de todos".

A Espanha superou nesta segunda-feira 2.000 mortes pela epidemia, com 462 óbitos nas últimas 24 horas, o que elevou o balanço no país a 2.182 vítimas fatais. O número de contágios supera 33.000. O primeiro-ministro Pedro Sánchez solicitará ao Parlamento que aprove a ampliação do estado de alerta até 11 de abril.

Na França, com um balanço de 674 mortos, as pessoas estão confinadas em todo o país. Algumas cidades adotaram o toque de recolher noturno e Paris anunciou medidas mais drásticas que o governo central.

O Reino Unido pode adotar medidas similares depois que o primeiro-ministro Boris Johnson advertiu que em menos de duas semanas o país poderia registrar números de vítimas similares aos da Itália.

Nos Estados Unidos, mais de um terço da população está sob medidas mais ou menos severas de confinamento em cidades como Nova York, Chicago e Los Angeles, à medida que aumenta o número de contágios. O prefeito de Nova York advertiu que a cidade pode ficar sem respiradores em 10 dias.

Quarentenas e toques de recolher na América Latina 

Na América Latina, com 4.900 infecções e 65 mortos, de acordo com dados compilados pela AFP, muitos países adotaram restrições severas à circulação. O México anunciou o fechamento a partir desta segunda-feira de museus, teatros, cinemas e zonas arqueológicas.

Uruguai e Brasil estabeleceram no domingo o fechamento da fronteira terrestre durante pelo menos 30 dias. O Chile começou a aplicar um toque de recolher noturno, após medidas similares na Bolívia, Peru e e Equador, que no domingo registrou 14 mortes.

República Dominicana e Guatemala também adotaram o toque de recolher. Bolívia, Argentina, El Salvador e Paraguai optaram pela quarentena total.

Segunda onda de infecções? 

Mas agora muitos países da Ásia, onde o vírus parece controlado, temem uma segunda onda de casos "importados". O território chinês de Hong Kong, que conseguiu conter o vírus apesar de sua proximidade com a China continental, decidiu proibir a entrada de não residentes.

E na China, onde o vírus foi detectado em dezembro, nesta segunda-feira não foram registrados novos casos locais de contágio, mas sim 39 infecções procedentes do exterior.


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