Noruega fechará última mina de carvão em 2023 no Ártico

Noruega fechará última mina de carvão em 2023 no Ártico

A Rússia, no entanto, continuará explorando os recursos na região

AFP

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Dentro de dois anos, a Noruega fechará sua última mina de carvão, localizada em Svalbard, um arquipélago ártico que deve seu auge às atividades de mineração - anunciou a empresa exploradora nesta quinta-feira (30).

Única ainda explorada pelos noruegueses, a mina 7 será fechada em setembro de 2023, após a rescisão, por parte das autoridades de Longyearbyen, capital do arquipélago, de um contrato de fornecimento destinado a abastecer a central local, anunciou sua operadora, a empresa pública Store Norske.

"A razão de ser da mina 7 é fornecer carvão para a central elétrica de Longyearbyen. Agora que o acordo de fornecimento de carvão foi rescindido, não há razão para explorar a mina", explicou o diretor da Store Norske, Jan Morten Ertsaas, em um comunicado.

Longyearbyen deve sua existência ao americano John Munroe Longyear, que fundou o lugar em 1906 para explorar os recursos de carvão locais.

O fechamento da mina 7 não significará, porém, o fim total da exploração de carvão em Svalbard, já que a empresa russa Arktikugol continua extraindo carvão na localidade de Barentsburg. Esta comunidade mineira permite à Rússia manter sua presença neste lugar estratégico do Ártico.

Embora o Tratado de Paris de 1920 tenha concedido à Noruega soberania sobre o arquipélago, ele também estabelece que todos os Estados signatários, incluindo a então União Soviética, podem realizar atividades econômicas em pé de igualdade.

Depois do fim do carvão, a termelétrica Longyearbyen será movida a diesel até que se estabeleça uma solução baseada em energia renovável.

Até então, a Store Norske, que funciona no vermelho, sendo, portanto, dependente dos recursos públicos, aumentará sua produção anual de 90.000 toneladas para mais de 125.000 toneladas e exportará grande parte dela para aproveitar os altos preços atuais.


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