Obama alertou CEO do Facebook sobre interferência russa

Obama alertou CEO do Facebook sobre interferência russa

Mensagens teriam sido financiadas pela Rússia para influenciar eleição presidencial de 2016

AFP

Segundo jornal, Obama teria feito ligação de alerta a Mark Zuckerberg

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O presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, foi alertado por Barack Obama sobre a interferência russa nas eleições de 2016, informou no domingo o jornal Washington Post, ao revelar uma ligação pessoal do então presidente americano.

"Nove dias depois do presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, ter classificado de 'maluca' a ideia de que as notícias falsas na rede social de sua empresa desempenharam um papel chave nas eleições americanas, o presidente Barack Obama deu ao bilionário do setor de tecnologia ou que esperava seria uma ligação de alerta", escreveu o jornal americano.

"Em uma sala privada à margem de uma reunião de líderes mundiais em Lima, Peru, dois meses antes da posse de Trump, Obama fez uma ligação pessoal a Zuckerberg para que levasse a sério a ameaça das notícias falsas e da desinformação política", completa. "A menos que o Facebook e o governo façam mais para enfrentar a ameaça", advertiu Obama, "a situação poderia piorar na próxima disputa presidencial", indicou o jornal.

Zuckerberg reconheceu o problema provocado pelas "fake news". Mas ele disse a Obama que tais mensagens não eram disseminadas pelo Facebook e que não havia remédio fácil, de acordo com pessoas que souberam da conversa e que falaram com o jornal na condição de anonimato. O diálogo foi revelado depois que o grupo informou que centenas de contas falsas, provavelmente ativadas na Rússia, foram utilizadas para comprar anúncios com o objetivo de alimentar as tensão política nos Estados Unidos antes e depois das eleições de 2016.

Na quinta-feira, o Facebook finalmente aceitou fornecer ao Congresso americano o conteúdo das mensagens que teriam sido financiadas pela Rússia para influenciar a eleição presidencial de 2016. De acordo com o Washington Post, hackers vinculados ao serviço secreto do exército russo começaram a criar contas falsas no Facebook em junho de 2016.

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