"Os Estados Unidos reafirmam seu interesse em desenvolver uma relação construtiva com o governo venezuelano", salientou Obama, após Caracas expulsar do país dois adidos militares da embaixada americana. "Agora que a Venezuela abre um novo capítulo em sua história, os Estados Unidos reafirmam seu compromisso com as políticas que promovam os princípios democráticos, o Estado de Direito e o respeito pelos direitos humanos", enfatizou o presidente americano.
A Venezuela expulsou dois adidos aeronáuticos da embaixada dos Estados Unidos, Deblin Costal e David Delmonico, por fazer contatos não autorizados com oficiais das Forças Armadas venezuelanas, informou nesta terça-feira o chanceler Elías Jaua à imprensa. "O senhor Deblin Costal foi declarado persona non grata junto com David Delmonico e (ambos) têm 24 horas para deixar o território soberano da Venezuela", acrescentou Jaua.
O Pentágono confirmou nesta terça que um dos militares americanos expulsos da Venezuela já viajou para os Estados Unidos. "Temos conhecimento das acusações feitas pelo vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro na televisão oficial de Caracas, e podemos confirmar que nosso adido aeronáutico, coronel David Delmonico, está a caminho dos Estados Unidos", afirmou o porta-voz, tenente-coronel Todd Breasseale, em um comunicado.
Maduro também acusou os "inimigos históricos" da Venezuela de estarem por trás do câncer sofrido pelo presidente Hugo Chávez e se mostrou confiante que algum dia poderá comprovar esta afirmação. "Nós não temos nenhuma dúvida, chegará o momento indicado da História em que se poderá formar uma comissão científica que revelará que o comandante Chávez foi atacado com esta doença."