OEA pede urgência em realização de eleições na Bolívia

OEA pede urgência em realização de eleições na Bolívia

Senadora assumiu presidência interina após renúncia de Morales

AFP

Senadora assumiu presidência interina após renúncia de Morales

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A maioria dos membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu nessa terça-feira a realização de novas eleições "o mais cedo possível" na Bolívia, após a renúncia e fuga do presidente Evo Morales em meio a uma onda de protestos.

Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela (representada por um delegado do líder opositor Juan Guaidó) fizeram o apelo durante reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA em Washington.

Em uma declaração, os quinze países pediram que a definição da presidência provisória na Bolívia deve ocorrer "urgentemente", como prevê a Constituição boliviana. O grupo também solicitou que se "inicie o processo de convocação de eleições o mais cedo possível, com garantias expressas de que o processo eleitoral ocorra com justiça, liberdade, transparência e respeito à vontade soberana do povo boliviano".

Posteriormente, a República Dominicana manifestou seu apoio à declaração. Em outra declaração, dez países do Caribe - Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Jamaica, San Cristóvão e Nevis, Santa Lucia, Suriname, e Trinidad e Tobago - e a Guiana firmaram um apelo similar pela realização de eleições "sem demora" na Bolívia.

Os onze países destacaram sua adesão ao princípio de não intervenção nos assuntos internos dos estados, algo que as demais nações não mencionaram. As duas declarações destacam que a auditoria eleitoral da OEA sobre as eleições de 20 de outubro descreveu "irregularidades" que justificam uma nova votação, segundo o resumo apresentado ao Conselho Permanente pelo diretor do Departamento para a Cooperação e Observação Eleitoral da OEA, Gerardo de Icaza.

"Apesar de já não estar no local, a equipe de auditores continua neste momento recebendo e processando grande volume de informação e provas que confirmam as conclusões do relatório preliminar" e a necessidade de novas eleições, disse De Icaza.

A senadora Jeanine Añez, que se proclamou nesta terça-feira presidente interina da Bolívia, prometeu "convocar novas eleições o mais cedo possível (...), com autoridades probas, de mérito, de capacidade e que sejam independentes".


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