OEA recomenda a Bolívia esperar auditoria para declarar resultado de eleições

OEA recomenda a Bolívia esperar auditoria para declarar resultado de eleições

Contagem polêmica indica vitória de Evo Morales, o que fez eclodir protestos nas ruas

AFP

Sessões eleitorais tiveram depredações e protestos violentos

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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos ( OEA), Luis Almagro, afirmou nesta quinta-feira que a Bolívia deve esperar por uma auditoria do bloco regional nas eleições presidenciais para declarar os resultados finais. A contagem dos votos do pleito realizado no domingo, no qual o presidente Evo Morales busca um quarto mandato consecutivo, gerou violentos protestos da oposição por acusações de fraude e provocou uma greve em várias cidades do país.

Durante uma sessão do Conselho Permanente da OEA - solicitada pela Bolívia ao seu chanceler Diego Pary para informar sobre o processo eleitoral - Almagro disse que o próprio Morales fez durante uma conversa por telefone o convite para que a agência regional realizasse uma auditoria da contagem oficial. Almagro acrescentou que a secretaria-geral da OEA concordou com o pedido na terça-feira, depois que Pary emitiu uma solicitação para "verificar a transparência e legitimidade" do processo.

"A secretaria-geral entende que, se o Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) convida essa organização a realizar trabalhos para verificar a legitimidade desses resultados, esses resultados não deverão ser considerados legítimos até que o processo de auditoria solicitado seja concluído", afirmou Almagro. O diplomata lembrou que Morales informou nesta quinta durante uma coletiva de imprensa que respeitará os resultados do TSE. Os trabalhos de auditoria serão abordados "com estrita adesão ao respeito à vontade da população expressa em sufrágio e à Constituição", disse Almagro, exortando os bolivianos a "evitar confrontos" e aguardar os resultados "em paz".

Segundo o último relatório do TSE, com 99,82% dos votos apurados, Morales venceu com 47,07% dos votos contra 36,52% de seu adversário mais próximo, o ex-presidente Carlos Mesa.


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