Países europeus reconhecem legitimidade de Guaidó na Venezuela
Prazo estipulado por países europeus para convocação do novo pleito presidencial expirou no domingo
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No domingo expirou o ultimato que França, Alemanha, Espanha, Holanda, Portugal e Reino Unido haviam anunciado ao presidente venezuelano Nicolás Maduro para que convocasse eleições presidenciais sob pena de reconhecerem Guaidó.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que as próximas eleições na Venezuela devem ser realizadas o mais rápido possível. "O governo da Espanha anuncia que reconhece oficialmente o presidente da Assembleia da Venezuela, o senhor Guaidó, como presidente encarregado da Venezuela para que convoque eleições presidenciais no menor prazo de tempo possível", afirmou Sánchez no Palácio de Moncloa.
O Reino Unido, através de seu primeiro-ministro, Jeremy Hunt, também anunciou apoio a Guaidó. "Maduro não convocou eleições presidenciais no prazo de oito dias que fixamos. De modo que o Reino Unido, junto com seus aliados europeus, reconhece agora Juan Guaidó como presidente constitucional interino até que se possam realizar eleições confiáveis", escreveu na sua conta no Twitter.
Nicolas Maduro has not called Presidential elections within 8 day limit we have set. So UK alongside European allies now recognises @jguaido as interim constitutional president until credible elections can be held. Let’s hope this takes us closer to ending humanitarian crisis — Jeremy Hunt (@Jeremy_Hunt) February 4, 2019
Autoproclamação em janeiro
Em uma tentativa de expulsar Maduro do poder, em 23 de janeiro, o líder opositor Juan Guaidó, presidente da Assembleia da Venezuela, autoproclamou-se "presidente interino" do país. Foi imediatamente reconhecido pelos Estados Unidos e por vários países latino-americanos e recebeu o apoio de várias capitais europeias.
Maduro se recusou a organizar uma nova votação e sugeriu apenas uma antecipação das eleições legislativas, previstas para 2020, o que levou ao reconhecimento de Guaidó nesta segunda.