Países ocidentais querem provocar conflito na Ucrânia, diz Lavrov a Blinken

Países ocidentais querem provocar conflito na Ucrânia, diz Lavrov a Blinken

Chanceler russo conversou com secretário de Estado dos Estados Unidos

AFP

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O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou os Estados Unidos de quererem provocar um conflito na Ucrânia com suas acusações de uma iminente invasão russa. Em conversa por telefone com seu homólogo americano, Antony Blinken, o  chanceler da Rússia ressaltou que a "campanha de propaganda lançada pelos Estados Unidos e por seus aliados sobre uma 'agressão russa' tem como objetivo provocar e encorajar as autoridades de Kiev" no conflito da região de Dombass, uma região do leste da Ucrânia. No local, as forças ucranianas enfrentam há oito anos os separatistas pró-russos apoiados por Moscou.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse a Lavrov, por sua vez, que os canais diplomáticos permaneceram "abertos" para evitar um conflito na Ucrânia. Para isso, no entanto, é necessário que Moscou inicie uma "desescalada", informou o Departamento de Estado. Uma invasão russa "resultaria em uma resposta transatlântica determinada, massiva e unida", garantiu o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em um comunicado.

Neste sábado, Vladimir Putin também deve falar por telefone com seus homólogos francês, Emmanuel Macron, e americano, Joe Biden. Na sexta-feira, Washington afirmou que uma invasão russa poderia ser iminente.

A Rússia mobilizou mais de 100.000 soldados para sua fronteira com a Ucrânia e está fazendo manobras no Mar Negro e em Belarus. Os países ocidentais querem obter da Rússia algum sinal de que favorecerá uma desescalada, mas Moscou quer que a OTAN abandone qualquer eventual expansão para o leste e nunca incorpore a Ucrânia. Nenhum dos lados está disposto a ceder, acusando-se mutuamente de agravar as tensões.

No sábado, a embaixada dos Estados Unidos na Ucrânia anunciou que decidiu retirar seu pessoal diplomático não essencial de sua sede em Kiev. A Rússia também disse que reduziu o pessoal de sua legação. Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Canadá, Noruega, Austrália, Japão e Israel recomendaram a seus concidadãos que deixem a Ucrânia.

Já a diplomacia ucraniana considerou, neste sábado, que é "extremamente importante manter a calma".

 


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