Palestina fecha Cisjordânia ao turismo após sete casos confirmados de coronavírus

Palestina fecha Cisjordânia ao turismo após sete casos confirmados de coronavírus

Todos os infectados estão sendo tratados em quarentena

AFP

Basílica da Natividade é um dos pontos fechados

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A Autoridade Palestina confirmou nesta quinta-feira sete casos de coronavírus e, por isso, anunciou o fechamento da Cisjordânia por duas semanas para o turismo, inclusive a Basílica da Natividade de Belém. O local de nascimento de Jesus, de acordo com a tradição cristã, permanecerá isolado até 20 de março. "Decidimos proibir a entrada de turistas por um período de 14 dias e proibir hotéis em todas as cidades que recebem estrangeiros", disse à AFP a ministra do Turismo, Rula Maayah.

Horas depois, o Ministério da Saúde confirmou os sete casos de infecção na mesma área de Belém, ao sul de Jerusalém. "Eles estão sendo tratados em quarentena", disse um comunicado do ministro Mai al Kaila. Um líder eclesiástico confirmou o fechamento da Basílica da Natividade de Belém. "Respeitamos a decisão das autoridades porque a segurança é a prioridade", disse ele, que se recusou a revelar sua identidade. Outras igrejas e mesquitas cristãs também são afetadas pelo fechamento, assim como escolas.

Em Belém, um clérigo da Igreja Armênia de destaque na Basílica da Natividade, Asbed Balian, disse à AFP que "as pessoas infectadas com o coronavírus visitaram a igreja". "Ela ficará fechada por 14 dias e eles serão desinfetados com antissépticos", acrescentou. Uma maratona palestina, marcada para 27 de março, foi suspensa.

Israel, com 16 infectados, já tomou medidas drásticas nesta semana, com a proibição de entrada de passageiros da França, Alemanha, Espanha, Suíça e Áustria que não residem no país. Os membros das Forças Armadas não poderão deixar o país, por questões oficiais ou privadas, acrescentou o governo nesta quinta-feira. Israel também controla todo o acesso à Cisjordânia.

 

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