Pandemia de Covid-19 está longe de ter acabado, afirma OMS

Pandemia de Covid-19 está longe de ter acabado, afirma OMS

Nova mutação do coronavírus preocupa cientistas

AFP

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A pandemia de Covid-19 está "longe de ter acabado", afirmou nesta terça-feira o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"As novas ondas do vírus mostram mais uma vez que a Covid-19 está longe de ter acabado", declarou Tedros em coletiva de imprensa em Genebra. "À medida que as hospitalizações e a transmissão da Covid-19 aumentam, os governos devem implementar medidas, como o uso de máscaras, melhor ventilação e protocolos de detecção e tratamento", acrescentou, alguns dias após a divulgação, por parte da OMS, dos resultados da última reunião do comitê de emergência da Covid-19, na sexta-feira passada (8).

A agência das Nações Unidas anunciou, por decisão unânime do comitê, a manutenção da pandemia de Covid-19 na categoria de "emergência de saúde pública de âmbito internacional", o nível de alerta máximo da organização. A comissão ressaltou a diminuição dos testes de detecção e do sequenciamento do genoma, o que torna "cada vez mais difícil" a avaliação do impacto das variantes da Covid-19. Destaca, ainda, "a inadequação da vigilância atual" da pandemia.

O comitê observa o recente aumento do número de casos de Covid-19 em diferentes regiões do mundo, assim como a falta de medidas de saúde pública adaptadas nas regiões afetadas pelo ressurgimento de casos.

Mutação supercontagiosa

O coronavírus gerou mais uma mutação super contagiosa que preocupa os cientistas, pois ganha terreno na Índia e aparece em vários outros países, incluindo os Estados Unidos. A variante - chamada BA.2.75 - pode se espalhar rapidamente e contornar a imunidade de vacinas e infecções anteriores. Não está claro se pode causar doenças mais graves do que outras variantes da ômicron, incluindo a proeminente BA.5.

O registro de casos de doentes com o novo agente infeccioso nos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Japão e Reino Unido faz com que os cientistas, incluindo o CDC (Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos), acreditem que esse vírus seja mais transmissível que as variantes e subvariantes detectadas até agora. 

A BA.2.75 foi identificada pela primeira vez na Índia, e os pesquisadores estão classificando a variante de "segunda geração", já que ela se desenvolveu a partir da subvariante BA.2 da ômicron.

Essa nova cepa tem oito mutações de proteína Spike – partícula do Sars-CoV-2 que ajuda o vírus a entrar na célula humana – adicionais em comparação com a BA.2, sua cepa de origem.

 

 


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