Papa Francisco critica pessoas que ignoraram pandemia nas festas de final de ano

Papa Francisco critica pessoas que ignoraram pandemia nas festas de final de ano

Pontífice fez um chamamento à responsabilidade individual àqueles "buscando apenas satisfazer o próprio prazer”

Correio do Povo e AE

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Após a bênção Angelus deste domingo, o Papa Francisco criticou as pessoas que mesmo com a pandemia saíram para viajar durante as festas de fim de ano, "buscando apenas satisfazer apenas o próprio prazer". De acordo com o pontífice, é responsabilidade de cada um, além da preocupação com os mais necessitados, mudar os hábitos diante da nova realidade. Ao renovar os “melhores votos este ano que acaba de começar”, o argentino procurou colocar a mão na consciência de cada um e fez um chamamento à responsabilidade individual para conter a disseminação da Covid-19.

Ele criticou "a tentação de cuidar apenas dos próprios interesses, de continuar fazendo a guerra - por exemplo - de se concentrar apenas no perfil econômico, de viver hedonisticamente, ou seja, buscando apenas satisfazer o próprio prazer". "Li nos jornais algo que me entristeceu bastante: em um país, não me lembro qual, para fugir do 'lockdown' e ter boas férias, mais de 40 aviões saíram naquela tarde", comentou Francisco. "Mas essas pessoas, que são boas pessoas, não pensaram naquelas que ficaram em casa, nos problemas econômicos de tantas pessoas que o 'lockdown' derrubou, nos doentes? Apenas, tirar férias e dar prazer a si mesmo. Isso me entristeceu muito."

A mensagem semanal, que normalmente é feita de uma janela no Palácio Apostólico de frente para a Praça de São Pedro, está sendo realizada internamente para evitar aglomerações no Vaticano. "Não sabemos o que 2021 vai nos reservar, mas o que cada um de nós e todos nós juntos podemos fazer é de nos comprometer um pouco mais a cuidar uns dos outros e da Criação, a nossa Casa Comum", completou o pontífice.

O Vaticano, que registrou 27 casos de Covid-19, anunciou ontem que comprou o número necessário de vacinas para imunizar todos os habitantes e trabalhadores da cidade-Estado. A imunização de funcionários e cidadãos, como também de familiares que dependem do Fundo de Assistência à Saúde do Vaticano, vai começar nos próximos dias do mês de janeiro. Segundo comunicado, “é previsível que as vacinas possam chegar ao Estado na segunda semana de janeiro, em uma quantidade suficiente para cobrir as necessidades da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano”.

 

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