Paris aplicará mais restrições à noite para conter o coronavírus

Paris aplicará mais restrições à noite para conter o coronavírus

Novas medidas devem ser cumpridas a partir desta quinta-feira na capital francesa

AFP

Medidas visam diminuir o número de novos casos na capital

publicidade

A prefeitura de Paris anunciou, nesta quinta-feira, novas restrições para conter a propagação da Covid-19 na capital francesa, que incluem o fechamento de algumas lojas que vendem bebidas alcoólicas e restaurantes que oferecem comida para viagem a partir das 22h. Esses estabelecimento comerciais terão de fechar no novo horário "porque, em alguns casos, foram constatados abusos", explicou a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, referindo-se às "concentrações" de pessoas em frente a algumas lojas.

As novas restrições, que deverão ser aplicadas também nos subúrbios mais próximos de Paris, foram decididas na quarta-feira em coordenação com o chefe da Polícia da capital francesa, Didier Lallement, acrescentou Hidalgo em entrevista à rede BFM.

O presidente da França, Emmanuel Macron, decretou um novo confinamento a nível nacional na última sexta-feira, que obriga o fechamento de comércios considerados não essenciais. No entanto, supermercados, lojas de bairro e lojas de bebidas alcoólicas podem seguir abertos e os restaurantes podem oferecer serviço de entrega para viagem.

Anne Hidalgo disse que a situação em Paris e seus subúrbios é "muito preocupante". Na quarta-feira, a agência de saúde pública registrou mais de 40.500 novas infecções pelo coronavírus em 24 horas e 385 mortes em hospitais, um número que exclui mortes em lares para idosos.

Na capital e nos subúrbios próximos, "cerca de 1.000 pessoas estão atualmente em tratamento intensivo, após 4.000 no pico da epidemia na primavera (hemisfério norte), apontou a prefeita. O número total de mortos na França aumentou para 38.674 desde março e mais de 4.000 pessoas estão atualmente em tratamento intensivo.

Desde a última sexta-feira, os franceses podem sair de casa apenas para ir ao trabalho - se não for possível trabalhar em esquema de home office -, ir ao médico, fazer exercícios ao ar livre, deixar os filhos na escola ou fazer compras essenciais. O anúncio de Hidalgo foi feito após a confusão provocada no início da semana pelo porta-voz do governo, Gabriel Attal, que anunciou um novo toque de recolher em Paris, além do confinamento, que mais tarde foi negado pelo gabinete do primeiro-ministro.

A prefeita de Paris disse que as novas restrições não equivalem a um toque de recolher, uma vez que não afetam todos os estabelecimentos comerciais. O ministro da Saúde, Olivier Véran, deve dar uma entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, na qual poderá anunciar novas restrições.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895