Paris regulamenta uso de patinetes elétricos e proíbe estacionamento em calçadas
Medidas da prefeita Anne Hidalgo para "por fim à anarquia" também incluem limite de zonas de circulação e de velocidade
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A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou nesta quinta-feira uma série de medidas de regulamentação para "por fim à anarquia" dos patinetes elétricos na cidade, incluindo a proibição de estacionamento nas calçadas e a redução de sua velocidade máxima para 20 km/h. Estas disposições complementam a carta municipal de boa conduta assinada pelas 12 empresas que operam cerca de 20 mil unidades do meio de transporte no local. Em coletiva de imprensa, a primeira mulher a assumir o Executivo no munícipio informou que as tratativas entrarão em vigor a partir de 1º de julho.
Trottinettes électriques: les opérateurs devront brider les engins à 20 km/h et à 8km/h dans les zones piétonnes, annonce Anne Hidalgo pic.twitter.com/RlGjwhPshS
— BFM Paris (@BFMParis) 6 de junho de 2019
Ela também comunicou o lançamento de um edital para enxugar para apenas dois ou três o número de empresas autorizadas a operar os equipamentos. O convite à apresentação de propostas será realizada assim que a lei sobre mobilidade, ainda debatida no Parlamento francês, for votada definitivamente e incluirá cláusulas sociais e ambientais. Mesmo assim, a integrante do Partido Socialista já assumiu a retaguarda e anunciou a proibição de estacionamento em todas as calçadas e parques. O estatuto ainda proibirá a circulação em parques e jardins.
De acordo com o jornal Le Monde, "isto é provavelmente o que mais irrita os pedestres em Paris". Atualmente, funcionários da prefeitura já realizam a retirada dos veículos de alguns locais quando obstruem a passagem e aplicam uma multa de 35 euros. As patinetes precisarão ser colocadas nos espaços de estacionamento existentes para carros, veículos motorizados de duas rodas e bicicletas. O conselho da cidade também está trabalhando na criação de 2,5 mil novos espaços reservados para esse tipo de meio de transportes, que terão delimitação marcada no solo e relatada nos aplicativos de diferentes operadores. Eles devem estar operacionais até o final do ano, informou Anne.
A prefeitura também vai impor a redução de velocidade. Dos atuais 25km/h, o limite passará para 20 km/h. Nas zonas de pedestres e urbanas, o valor será de 8km/h. A cidade de Lyon, por exemplo, já impôs uma limitação igual. A equipe de Anne também incentivará o uso de capacetes e a redução das frotas pelas empresas. "Há mais de 20 mil hoje, é demais. As estimativas são de 40 mil para 2020", afirmou.
Taxa de operação
Anunciado em março pelo primeiro-vice-preifeito, Emmanuel Grégoire, uma taxa para veículos "sem frotas" (bicicletas, patinetes e scooters) ainda não foi aplicada. Isso exigirá que cada empresa declare o número de dispositivos implantados. Um documento que fixa os deveres dos operadores de scooter foi assinado em 13 de maio em Paris. Desde então, algumas operadoras redobraram suas iniciativas e realizaram campanhas de comunicação para mostrar seu senso de responsabilidade.
