Pequim defende a "reunificação" de Taiwan com China

Pequim defende a "reunificação" de Taiwan com China

Ministro da Defesa não descarta uso da força contra ilha

AFP

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O ministro chinês da Defesa fez nesta segunda-feira um pedido sem concessões de "reunificação" de Taiwan com a China, em um momento de tensão com esta ilha que Pequim considera uma província rebelde e que não descarta recuperar pela força. "A China é o único grande país do mundo que ainda não conseguiu uma reunificação completa", afirmou o ministro da Defesa, general Wei Fenghe.

Durante um fórum sobre defesa em Pequim, o ministro destacou que a reunificação de Taiwan com a China "é algo que ninguém nem nenhuma força pode deter". A China considera Taiwan como uma de suas províncias. A ilha, com quase 23 milhões de habitantes, continua sendo administrada por um governo rival, após a tomada de poder pelos comunistas no continente em 1949.

Taiwan nunca declarou formalmente a independência e Pequim ameaça usar a força se a ilha optar por esta medida. Desde a chegada de Tsai Ing-wen à presidência taiwanesa em 2016, as relações entre os dois governos estão congeladas. Seu partido milita tradicionalmente pela independência. O ministro, que fez o discurso no momento em que Pequim aumenta a pressão diplomática para isolar Taiwan, afirmou que o país deseja promover relações pacíficas com a ilha.

Nos últimos três anos, sete países deixaram de reconhecer Taiwan para dar apoio à China, dois deles no mês passado: Ilhas Salomão e Kiribati. A ilha é reconhecida apenas por 15 Estados. "O envolvimento com o separatismo só pode levar a um impasse", advertiu Wei.

Também reiterou que as ilhas em disputa no Mar da China Meridional são uma parte "inerente" do território da China. "Não podemos perder nenhuma polegada da terra deixada por nossos antepassados", afirmou.


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