Peru declara 4.800 peças arqueológicas de Machu Picchu patrimônio cultural

Peru declara 4.800 peças arqueológicas de Machu Picchu patrimônio cultural

Materiais constituem o maior processo de repatriamento da história

AFP

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O governo peruano declarou como Patrimônio Cultural, neste domingo, mais de 4.800 peças arqueológicas extraídas da cidade de Machu Picchu pelo arqueólogo americano Hiram Bingham e repatriadas da Universidade de Yale entre 2011 e 2012. "Está decidido declarar o Patrimônio Cultural da Nação aos 4.849 bens culturais repatriados da Universidade de Yale, que estão sob custódia da Universidade San Antonio de Abad del Cusco", indica uma resolução do Ministério da Cultura publicada no diário oficial El Peruano.

A maioria dessas peças arqueológicas são fragmentos e foram agrupadas de acordo com o material. No total, são 3.877 peças de cerâmica, 635 de lítica, 167 de metal e 9 de orgânica, enquanto outras 31 correspondem a restos de animais e 130 a restos de seres humanos. A Universidade de Yale retornou ao Peru em três parcelas, mais de 46.000 peças da coleção Machu Picchu, extraídas pelo renomado explorador Bingham durante 1911 e 1912.

As peças foram entregues à casa de estudos pelo próprio arqueólogo em 1916 como um empréstimo. "As peças recuperadas são representativas, porque constituem o maior processo de repatriamento da história, não apenas pelas quantidades, mas também pelos esforços diplomáticos realizados, considerando que esses bens permaneceram quase cem anos nos Estados Unidos", afirmou o Ministério da Cultura. A cidade de Machu Picchu, localizada em Cusco, foi anunciada à comunidade internacional por Bingham em julho de 1911. O edifício inca já havia sido descoberto pelo proprietário peruano Agustín Lizárraga, nove anos antes, em julho de 1902, segundo historiadores.


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