Piñera propõe 'acordo social' em resposta a protestos no Chile

Piñera propõe 'acordo social' em resposta a protestos no Chile

Manifestações já duram 4 dias e deixaram 11 mortos no país

AFP e AE

Protestos já duram 4 dias e deixaram 11 mortos no Chile

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O presidente chileno, Sebastián Piñera, propôs na noite desta segunda-feira um "acordo social" para fazer frente às demandas expressas durante as intensas manifestações que duram quatro dias e deixaram 11 mortos em todo o Chile. "Amanhã me reunirei com presidentes de partidos, tanto do governo quanto da oposição, para poder explorar e oxalá avançar para um acordo social que permita a todos nos aproximarmos com rapidez, eficácia e também responsabilidade para melhores soluções aos problemas que afligem os chilenos", afirmou o presidente em mensagem pública.

Quatro dias de confronto e 11 mortos

As manifestações em Santiago já duram quatro dias, e resultaram em 11 mortos. Trata-se da onda de manifestações mais violenta desde o fim da ditadura, nos anos 90. Segundo autoridades, 11 pessoas morreram, mais de 2 mil foram presas e centenas ficaram feridas desde que os protestos começaram, na sexta-feira, contra o aumento de quase 4% na tarifa do transporte público.

Episódios de vandalismo e saques levaram o presidente chileno, Sebastián Piñera, a afirmar que o país estava "em guerra". "Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita nada nem ninguém e está disposto a usar a violência e a delinquência sem nenhum limite", declarou Piñera, após reunião com o general do Exército Javier Iturriaga.

Houve toque de recolher em Santiago, e a segunda-feira foi caótica. Poucas estações do metrô funcionaram e nas ruas era possível ver longas filas de pessoas que aguardavam para pegar ônibus. Nas ruas, os manifestantes gritava contra os militares em desafio à repressão da polícia.


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