Príncipe Andrew se diz "perplexo" diante dos apelos para cooperar no caso Jeffrey Epstein

Príncipe Andrew se diz "perplexo" diante dos apelos para cooperar no caso Jeffrey Epstein

Nessa quinta, uma das colaboradoras do financista americano foi presa pelo FBI

AFP

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O príncipe Andrew, terceiro filho da rainha Elizabeth II da Inglaterra, está "perplexo" diante dos apelos para que coopere na investigação sobre Jeffrey Epstein, após a detenção da ex-namorada do financista americano - disse uma fonte próxima ao príncipe. O duque de York, de 60 anos, amigo do falecido Jeffrey Epstein, está de novo sob os holofotes, depois que Gishlaine Maxwell foi detida nos Estados Unidos, na quinta-feira (2).

Esta ex-colaboradora e ex-namorada de Epstein foi indiciada por tráfico de menores, acusada de ter recrutado garotas, vítimas de abusos sexuais cometidos pelo financista nova-iorquino.

A promotora de Nova York Audrey Strauss informou ontem que os investigadores ainda esperam poder interrogar o príncipe Andrew, caído em desgraça com este caso. "Adoraríamos que o príncipe Andrew viesse conversar conosco. Gostaríamos de contar com seu testemunho", afirmou, acrescentando que a investigação segue em curso. "A equipe do duque está perplexa, levando-se em conta que nos comunicamos duas vezes com o Departamento de Justiça (DoJ) no mês passado e, até hoje, não tivemos qualquer resposta", disse uma fonte próxima a Andrew à agência Press Association.

No mês passado, o procurador-geral de Manhattan, Geoffrey Berman, então encarregado da investigação, acusou o príncipe de aparentar cooperação. Os advogados do duque de York asseguraram, porém, que seu cliente se propôs três vezes a testemunhar. Uma fonte real classificou as declarações de Berman como "francamente confusas".

Em documentos judiciais publicados em agosto de 2019, Virginia Roberts afirmava ter tido relações sexuais com o príncipe Andrew, forçada por Epstein, quando tinha 17 anos.

O duque de York sempre negou estas acusações, mas a publicação de uma foto de Virginia Roberts, à época, abraçada com o príncipe alimentou esses rumores. Outra imagem, do príncipe passeando por Nova York junto com Epstein quando este já havia sido condenado e preso por recorrer à prostituição em 2008, reforçou a suspeita. 


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