Presidente iraniano acusa EUA de espalhar "pânico" por novo coronavírus

Presidente iraniano acusa EUA de espalhar "pânico" por novo coronavírus

Irã confirma 19 morte em decorrência da doença e é o segundo país com mais óbitos

AFP

Irã é o segundo país com mais registros de mortes pela doença

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O presidente iraniano, Hassan Rohani, acusou nesta quarta-feira os Estados Unidos de espalhar o pânico pelo novo coronavírus, que deixou 19 mortos no Irã. O país persa tem o balanço mais grave no mundo depois da China. O Irã também registrou 44 novos contágios nas últimas 24 horas, o que deixa o número de infectados em 139.

"Não deveríamos deixar que os Estados Unidos adicionem um vírus além do coronavírus, chamado pânico extremo", disse Rohani após uma reunião de gabinete, um dia depois do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, ter solicitado que o Irã "diga a verdade" sobre a epidemia de pneumonia viral em seu território.

O porta-voz do ministério, Kianuch Jahanpur, afirmou que os contágios foram registrados em 10 províncias, principalmente em Qom, no centro do país. Muitas escolas, universidades, centros culturais e esportivos estão fechados no Irã.

O vice-ministro da Saúde iraniano, Iraj Harirsh, é um dos diagnosticados com a doença, informaram autoridades nesta terça-feira. Países vizinhos, como os Emirados Árabes, a Turquia e a Armênia, já anunciaram suspensão de voos para o Irã, que tem sido cobrado por mais transparência para divulgar informações sobre o alcance do surto. A região de Qom, epicentro da epidemia no Irã, não foi colocada sob quarentena, mas cerimônia religiosas foram suspensas. O Irã ainda busca a origem do vírus em seu território.

Já na China, onde o vírus foi identificado pela primeira vez, autoridades anunciaram o menor balanço diário de mortes decorrentes da infecção em três semanas. A potência asiática registrou 52 mortes e 406 novos casos da doença em seu território. Com isso, o número total de mortos no país subiu para 2.715, com 78.064 casos confirmados.


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