Prisão de universitários causa revolta na Nicarágua
Quatro alunas foram liberadas após dez horas de prisão
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Quase dez horas após a prisão, as quatro mulheres foram libertadas. Nenhuma delas deu declarações, confirmou a oposição Civic Alliance (AC), que reúne grupos da sociedade civil. Carcache, Mairena e Malespín eram delegadas da aliança de oposição que participa do diálogo nacional com o governo do presidente Daniel Ortega, sob a mediação da Igreja católica. A polícia nicaraguense não se manifestou a respeito das prisões. A diretora da Anistia Internacional para a América Latina, Erika Guevara Rosas, falou no Twitter sobre a captura dos estudantes e lembrou que, em 25 de agosto, pediu a Ortega informações sobre o paradeiro de outros sete estudantes presos.
Os estudantes começaram os protestos em 18 de abril contra uma reforma da Previdência Social, movimento que foi estendido para outros setores sociais até que se tornou uma exigência de renúncia para Ortega e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo. A violência generalizada durante 140 dias deixou mais de 320 mortos, 2 mil feridos e um número desconhecido de detidos e de desaparecidos, além de milhares de refugiados nos países vizinhos.