Rússia promete resolver atrasos nas entregas da vacina Sptunik V em agosto

Rússia promete resolver atrasos nas entregas da vacina Sptunik V em agosto

País estabeleceu "associações de produção" em 14 país permitindo dobrar sua capacidade em setembro

AFP

País estabeleceu "associações de produção" em 14 país permitindo dobrar sua capacidade em setembro

publicidade

Os criadores da vacina russa contra o coronavírus, Sputnik V, prometeram nesta quarta-feira (4) que resolverão em agosto os atrasos nas entregas do produto. "Graças ao aumento significativo da capacidade de produção de vacinas, os atrasos temporários na entrega do segundo componente serão completamente resolvidos", disse em um comunicado enviado à AFP o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RDIF), que financiou o desenvolvimento da Sputnik V.

A Rússia "estabeleceu associações de produção em 14 países e vai dobrar sua capacidade em setembro, graças às associações com os melhores produtores, incluindo o Serum Institute da Índia, o maior produtor de vacinas do mundo", disse o RDIF.

Nas últimas semanas, vários países da América Latina que apostaram na Sputnik V para imunizar parte de sua população reclamaram que a entrega de doses estava registrando atrasos. A demora foi agravada pelo fato do imunizante, ao contrário de outras vacinas, ser composta por duas doses distintas que não podem ser misturadas, o que deixa a população que ainda não recebeu a segunda dose semivacinada.

A Guatemala, por exemplo, cancelou a compra de 8 milhões de doses da vacina russa que atrasaram na entrega e afirmou que estava negociando com laboratórios dos EUA para compensar esta falta. Comentando essa decisão da Guatemala, o RDIF afirmou nesta quarta-feira que o contrato não está "cancelado e sim simplesmente ajustado a um novo programa de entrega".

"As entregas da vacina à Guatemala continuam", afirmou, destacando que metade dos lotes entregues serão vacinas do Sputnik "Light" em uma só dose. "Portanto, embora o número total de doses entregues na Guatemala seja menor que o previsto, o número de pessoas nesse país que serão imunizadas com vacinas russas continuará o mesmo", acrescentou.

A Argentina ameaçou em julho romper o contrato. O país foi o primeiro da região, e um dos primeiros do mundo, a aprovar o imunizante russo.

A Rússia anunciou na terça-feira que mais de três milhões de doses do segundo componente da vacina Sputnik V serão produzido na Argentina mesmo em agosto.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895