Recessão argentina vai durar "por um tempo", diz ministro Dujovne
País assinou acordo com FMI para extensão de crédito 57,1 bilhões de dólares
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Entre eles, citou a seca, que afetou a produção agrícola, seu principal produto de exportação, e a "volatilidade internacional que levou à saída de fundos de países emergentes que nos pegou com muita força, porque realmente não tínhamos terminado de corrigir os desequilíbrios de nossa economia". Ele também se referiu ao que chamou de "crise dos cadernos", referindo-se à investigação de suposto pagamento de propinas durante os governos de Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015) que também envolve empresários.
"Não são eventos que podemos minimizar e temos que conviver com os efeitos dos choques que atravessamos", manifestou o ministro. A Argentina acabou de assinar um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para a extensão de um crédito a 57,1 bilhões de dólares. Para isso, o governo de Mauricio Macri prometeu alcançar em 2019 equilíbrio fiscal primário (antes do pagamento de juros da dívida), quando para este ano o déficit projetado é de 2,7%.
Dujovne insistiu que "a economia argentina está em recessão, estará em recessão por um tempo", mas ressaltou que "o importante é que tenhamos um piloto da tempestade, o presidente (Macri)". "Sabemos que temos meses difíceis pela frente, assim como os meses que passamos desde abril foram meses difíceis, mas também sabemos que sem essas medidas eles teriam sido muito mais duros, que conseguimos evitar uma crise", insistiu o ministro.