Reino Unido pedirá ao G7 para ampliar operações de retirada no Afeganistão

Reino Unido pedirá ao G7 para ampliar operações de retirada no Afeganistão

Líderes do grupo irão se reunir nesta terça para discutir a situação

AFP

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O governo britânico defenderá ante os Estados Unidos que se prolongue as operações de retirada em Cabul, para além da data-limite de 31 de agosto, em uma cúpula virtual do G7 sobre o Afeganistão que acontece nesta terça-feira (24) - informou o governo nesta segunda.

"Se é possível convencer os Estados Unidos a ficarem, ou não, é uma questão que caberá ao primeiro-ministro (Boris Johnson) amanhã na reunião do G7", afirmou o secretário de Estado das Forças Armadas, James Heappey, em entrevista ao canal Sky News, referindo-se a uma ampliação do acordo de retirada. 

No momento, a presidência rotativa do G7 está com o Reino Unido. O grupo também é formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos. "Acho que todo mundo deve ter claro que não é apenas uma discussão entre os líderes do G7 amanhã, é uma discussão com os talibãs", disse Heappey.

"Os talibãs terão que escolher: podem tentar se comprometer com a comunidade internacional e mostrar que querem fazer parte do sistema internacional", declarou, "ou podem dar a volta e dizer que não há oportunidade para uma prorrogação".

No domingo, Johnson anunciou que os líderes do G7 vão-se reunir virtualmente na terça-feira para "debates urgentes" sobre a situação no Afeganistão. Desde que os talibãs assumiram o poder em meados de agosto, milhares de famílias se aglomeraram no Aeroporto Internacional de Cabul e seus arredores, na tentativa de deixar o país antes de 31 de agosto. Esta foi a data estabelecida pelo governo americano para a retirada definitiva de suas forças do Afeganistão.

Diante do caos das retiradas e sob pressão de seus aliados, o presidente dos EUA, Joe Biden, abriu a porta para manter os soldados no terreno após esse prazo. O Exército britânico afirmou na noite de domingo ter retirado 5.725 pessoas do Afeganistão desde 13 de agosto, incluindo 3.100 afegãos, e garantiu que a operação vai continuar "enquanto a situação de segurança permitir". Não foi anunciada uma data para o último voo. 

 


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