Reino Unido proibirá caminhões com motor de combustão em 2040
Além disso, a frota governamental de 40 mil carros e vans será totalmente elétrica em 2027
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O Reino Unido apresentou, nesta quarta-feira (14), sua transição ecológica para o setor de transporte, com a proibição em 2040 da venda de novos caminhões de gasolina e diesel, e a chegada de aviões limpos aos céus, caso a tecnologia permita.
O Ministério de Transportes afirmou em um comunicado que seu objetivo é que todos os transportes sejam neutros em carbono até 2050.
O primeiro-ministro Boris Johnson já havia decidido adiantar a proibição da venda de novos veículos leves movidos a gasolina e diesel de 2040 para 2030. Agora, seu governo decidiu que os caminhões de mais de 26 toneladas que usarem combustíveis fósseis estarão proibidos a partir de 2040. Para os que pesam entre 3,5 e 26 toneladas, o prazo será 2035.
Além disso, a frota governamental de 40 carros e vans será totalmente elétrica em 2027, três anos antes do previsto.
No setor do transporte aéreo, o Executivo de Johnson pretende alcançar a neutralidade das emissões de carbono nos voos nacionais e em todos os aeroportos da Inglaterra para 2040, e nos voos internacionais para 2050. "É um grande desafio, não há dúvidas", reconheceu o ministro de Transportes, Grant Shapps, na Sky News. "São as mudanças mais profundas que já vimos em nossa rede de transportes", afirmou.
Conferência COP26
Os compromissos ambientais do Reino Unido estão sob crescente análise, já que o país sediará a conferência sobre o clima COP26 em Glasgow em novembro.
A organização patronal CBI recebeu as medidas com satisfação, mas advertiu que devem estar "acompanhadas de planos credíveis para acelerar o desenvolvimento de tecnologias limpas, como o hidrogênio e os combustíveis de aviação respeitosos ao meio ambiente".
Matthew Fell, um de seus responsáveis, acrescentou que o país precisa desenvolver uma infraestrutura em grande escala para os postos de recarga de veículos elétricos.
Greenpeace
Mais crítica, a ONG ambiental Greenpeace lamentou que a visão do governo "parece continuar limitada ao transporte rodoviário". Em relação à aviação, alcançar os objetivos "apenas com os avanços tecnológicos é uma aposta muito grande", segundo seu responsável Doug Parr. "Todo o mundo ficará contente se isso acontecer, mas precisamos de um mecanismo para reduzir as emissões caso esses avanços não se materializem", destacou.