Relatora da ONU afirma que morte de Khashoggi foi “planejada e realizada” pela Arábia Saudita
Corpo do jornalista, que foi morto quatro meses atrás, ainda não foi encontrado
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O assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi foi “planejado e realizado por representantes da Arábia Saudita”, denunciou nesta quinta-feira a relatora especial da ONU sobre execuções extrajudiciais, Agnès Callamard. Em um comunicado, ela explicou que “tem provas deste assassinato premeditado”, que constituiu a “violação mais grave do direito mais fundamental de todos, o direito à vida”.
Callamard emitiu esta declaração ao retornar de uma missão de investigação na Turquia sobre o assassinato ocorrido em 2 de outubro no consulado saudita em Istambul. A relatora denunciou o uso da “imunidade” diplomática para cometer um assassinato com “total impunidade”.
“As provas reunidas ao longo de minha missão na Turquia mostram que Khashoggi foi vítima de um assassinato brutal e premeditado, planejado e perpetrado por representantes do Estado da Arábia Saudita”, disse ela.
O corpo do jornalista, que colaborava com o jornal Washington Post, ainda não foi encontrado, mais de quatro meses depois de sua morte.