Republicanos se mobilizam contra, mas impeachment de Trump será analisado no Senado
Democratas vão precisar persuadir pelo menos mais 12 parlamentares rivais para tirar direitos políticos do ex-presidente
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A maioria dos senadores republicanos votou nesta terça-feira, contra o julgamento do ex-presidente Donald Trump por "incitamento à insurreição". Ainda assim, cinco membros de seu partido se uniram aos democratas na votação para avançar com o processo de impeachment - pelo papel do ex-presidente em incitar uma multidão que atacou o Capitólio.
A votação por 55 a 45 abriu o caminho para o segundo julgamento de impeachment de Trump e eliminou por pouco um esforço republicano de rejeitar a acusação como inconstitucional. No entanto, ela sugere que o Senado não tem votos suficientes para condenar o ex-presidente.
A oposição ressaltou a força que Trump ainda tem no partido, mesmo depois de sua campanha para reverter a derrota eleitoral, alimentada por falsas alegações de fraude e o ataque mortal de extremistas depois que ele os incentivou a ir ao Congresso para lutar contra o resultado.
O resultado de agora confirmou que os democratas terão dificuldade em persuadir 17 senadores republicanos - o número necessário para a maioria de dois terços exigida - a votarem para condenar Trump.
Rand Paul, senador republicano de Kentucky, levantou uma questão de ordem para realizar uma votação sobre a constitucionalidade do julgamento de impeachment uma vez que Trump já deixou o cargo. Os democratas então convocaram uma votação para eliminar a questão de ordem, vencendo por 55 a 45.
A Câmara dos Deputados apresentou um único artigo de impeachment ao Senado na segunda-feira, acusando Trump de incitar a invasão ao Capitólio no início do mês, dando início ao histórico primeiro julgamento de impeachment de um ex-presidente.
O julgamento de Trump, que sofreu impeachment pela Câmara, de maioria democrata, pela segunda vez, deve começar na semana de 9 de fevereiro.