Secretário de Estado americano se diz disposto a resolver o mistério da "síndrome de Havana"

Secretário de Estado americano se diz disposto a resolver o mistério da "síndrome de Havana"

Diplomatas reclamam de fortes dores de cabeça, náuseas e possíveis danos cerebrais após exposição a sons agudos na capital cubana


AFP

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O secretário de Estado americano, Antony Blinken, prometeu nesta sexta-feira "investigar minuciosamente" a chamada "síndrome de Havana", que de acordo com alguns especialistas pode ser causada por ataques de microondas russos.

Para garantir aos diplomatas norte-americanos que o governo está levando a sério a intrigante aflição, Blinken nomeou duas figuras importantes para liderar a resposta do Departamento de Estado.

Os casos da síndrome de Havana, oficialmente chamados de incidentes de saúde anômalos (AHIs), apareceram pela primeira vez em 2016 na capital cubana, quando diplomatas americanos e canadenses reclamaram de fortes dores de cabeça, náuseas e possíveis danos cerebrais após exposição a sons agudos.

Desde então, o número de autoridades diplomáticas e de inteligência americanas relatando experiências semelhantes em países como China, Áustria, Colômbia e Rússia subiu para algumas centenas.

“Todos no governo dos Estados Unidos, especialmente o Departamento de Estado, estão intensamente focados em descobrir o que e quem está causando esses incidentes, cuidar dos afetados e proteger nosso povo”, disse Blinken.

O Departamento de Estado implementou o tratamento das pessoas afetadas na Universidade Johns Hopkins e coletou dados básicos de diplomatas para usar na análise dos casos relatados.

Blinken nomeou Jonathan Moore para coordenar a resposta geral e Margaret Uyehara para garantir que qualquer pessoa que relate os sintomas receba cuidados médicos completos.

Também observou que a chancelaria está implementando novas tecnologias em embaixadas e missões para ajudar a avaliar e proteger o pessoal de ameaças que podem estar relacionadas a casos de "síndrome de Havana".

"Estamos aproveitando toda a capacidade de nossa comunidade de inteligência. Estamos recrutando as melhores mentes científicas dentro e fora do governo" para entender o problema, disse.

Mas alguns cientistas expressam dúvidas sobre a teoria dos ataques russos, dizendo que não existe uma única aflição ou causa para os casos relatados.

Outros argumentam que os casos se devem a um fenômeno psicogênico pelo qual as pessoas começam a se sentir mal após saber de uma ameaça à saúde.


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