Secretário de Estado dos EUA se reúne com chanceler da Rússia para aliviar tensões

Secretário de Estado dos EUA se reúne com chanceler da Rússia para aliviar tensões

Chefe da diplomacia americana assegurou que Trump está determinado a melhorar relacionamento entre os dois países

AFP e AE

Chanceler chinês pediu a Pompeo "relações mais responsáveis" entre os dois países

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O presidente russo Vladimir Putin recebe nesta terça-feira o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para tentar estabilizar a tensa relação entre as duas potências. Os países discordam em vários temas, que vão da Venezuela ao Irã, passam pela Síria, Ucrânia e chegam à questão do desarmamento. No atual contexto, Mike Pompeo terá que movimentar-se com a habilidade de um equilibrista, entre sua reiterada firmeza e a vontade de aproximação de seu chefe, o presidente americano Donald Trump.

O Kremlin informou que Pompeo está reunido com o chanceler russo, Sergyui Lavrov, e depois ambos serão recebidos pelo presidente. Ele será a maior autoridade americana a se encontrar com Putin desde a reunião que o chefe de Estado russo celebrou com Donald Trump em julho do ano passado.

Donald Trump está "determinado a melhorar" as relações entre a Estados Unidos e a Rússia, assegurou Pompeo, que no início de seu encontro com o colega russo Serguei Lavrov. "Estou aqui hoje porque o presidente Trump está determinado a melhorar esse relacionamento", afirmou Pompeo no começo das conversações no balneário russo de Sochi, no mar Negro.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia pediu a Pompeo "relações mais responsáveis" entre os dois para que se possa sair da atual "triste situação". "Acho que é hora de começar a construir um modelo novo, mais responsável e construtivo de nossa percepção mútua. (...) Estamos prontos", disse o chanceler russo antes das primeiras reuniões de alto nível entre as autoridades desde a cúpula de julho entre Vladimir Putin e Donald Trump.

Trump anunciou na segunda-feira que pretende se reunir com Putin durante o encontro do G20 em junho no Japão, mas o Kremlin afirmou que ainda não há pedido neste sentido. A Casa Branca espera que o fim da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre uma suposta interferência russa a favor de Trump nas eleições americana permita superar o atual estado glacial das relações entre os países.

Há quase dois meses, o procurador apresentou o relatório que afirma que em 2016 aconteceu uma interferência russa na eleição presidencial americana, mas não um conivência entre a equipe do então candidato Trump e Moscou. A investigação marcou a primeira metade do mandato de Donald Trump. No início do mês, o presidente americano afirmou que teve uma conversa telefônica "muito positiva", de mais de uma hora, com Vladimir Putin.

Trump, em geral disposto a desafiar Putin, afirmou que este último assegurou que Moscou não está envolvido na Venezuela, ao contrário do que afirmam Pompeo e outros funcionários da administração americana, que pediram a Rússia que deixe de apoiar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.


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