Taiwan informa 21 incursões aéreas chinesas no dia de chegada de Pelosi
Pequim reivindica a ilha como parte de seu território
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Taiwan relatou 21 incursões chinesas em sua Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) nesta terça-feira (2), no mesmo dia da chegada do presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a esta ilha reivindicada por Pequim como parte de seu território.
Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, "21 aviões do ELP (Exército de Libertação Popular da China) ingressaram no sudeste da ADIZ taiwanesa". A ADIZ cobre uma área maior do que o espaço aéreo de um país e, no caso de Taiwan, sobrepõe-se parcialmente à da China.
Diversos barcos de guerra dos Estados Unidos navegavam pelas águas da região de Taiwan no momento em que a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, havia chegado à ilha nesta terça-feira (2), informaram fontes militares. A Sétima Frota dos Estados Unidos tuitou hoje que o porta-aviões USS Ronald Reagan, que circula pela região desde o começo de julho, estava posicionado no Mar das Filipinas, ao sul de Taiwan.
A Marinha americana publicou imagens do USS Ronald Reagan realizando manobras no domingo, junto com o cargueiro USS Carl Brashear. O porta-aviões e seu grupo aerotransportado "realizam uma missão de rotina no Pacífico Ocidental", informou uma funcionária americana que pediu o anonimato.
No mesmo momento, um barco anfíbio dos fuzileiros navais, o USS Tripoli, navegava a leste de Taiwan, segundo o Instituto Naval dos Estados Unidos (USNI, na sigla em inglês), um órgão independente próximo da Marinha americana. O Ronald Reagan e o Tripoli são embarcações que contam com aviões de combate F-35, de última geração, segundo o USNI.
O Pentágono garantiu que a presença desses dois barcos na região não tem relação com a visita de Pelosi, a funcionária de mais alta categoria a visitar a ilha desde 1997, quando o então presidente da Câmara dos Representantes, Newt Gingrich, esteve em Taipei. "Vamos garantir que ela tenha uma visita segura", afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.