Tempestade Amanda deixa 18 mortos em El Salvador, Guatemala e Honduras

Tempestade Amanda deixa 18 mortos em El Salvador, Guatemala e Honduras

Outras sete pessoas seguem desaparecidas nesta segunda-feira

AFP

Outras sete pessoas seguem desaparecidas nesta segunda-feira

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A tempestade Amanda deixou 15 mortos em El Salvador, dois na Guatemala e um em Honduras, enquanto as equipes de resgate tentam localizar sete desaparecidos em um país em estado de emergência, apesar do fato de o fenômeno climático ter-se dissipado. Os dados atualizados foram informados pelo ministro do Interior, Mario Durán, nesta segunda-feira.

"Temos 15 pessoas mortas e sete desaparecidas", disse Duran, relatando o impacto de Amanda, a primeira tempestade tropical do ano no Oceano Pacífico, que também afetou a Guatemala.

Na Guatemala, as fortes chuvas causaram duas mortes e dois feridos, disse à imprensa o porta-voz da Coordenadora de Redução de Desastres, David de León, que também contou a transferência de 167 guatemaltecos para albergues devido às inundações.

Contou que um garoto de 9 anos morreu após ser arrastado por um rio em uma comunidade de El Estor, no Caribe, enquanto um adulto morreu após o colapso de uma casa em uma aldeia de Jocotán, ambos no nordeste da Cidade da Guatemala.

Em Honduras, a Comissão Permanente de Contingências anunciou um morto pelas chuvas, que causaram deslizamentos de terra e inundações em várias partes do país. A tempestade chegou com ventos fortes e provocou enchentes e deslizamentos de terra, casas destruídas e inundadas, além de cortes de energia e interrupção no abastecimento de água potável nos três países.

El Salvador foi, no entanto, o mais afetado. Foram relatados 7.225 evacuados de áreas de alto risco, transferidos para 154 abrigos.

Chuvas moderadas com "intermitência" vão continuar no território salvadorenho, apesar do fato de a tempestade ter-se dissipado no território guatemalteco no domingo, informou o Ministério do Meio Ambiente.

A pasta de El Salvador acrescentou que as chuvas somaram 500 milímetros de água, enquanto a média acumulada em um ano no país é de 1.800 milímetros. "A tempestade chegou para mostrar a vulnerabilidade deste país" e revelar "a falta de investimento em infraestrutura", admitiu o ministro Durán.

Em uma estimativa preliminar, o presidente Nayib Bukele disse que a tempestade causou perdas materiais de cerca de US$ 200 milhões. Em El Salvador, um país de 6,6 milhões de habitantes, 87% de seus escassos 20.742 km2 de território são considerados vulneráveis a fenômenos meteorológicos.


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