Total de mortos por Covid-19 no mundo passa de 3 milhões

Total de mortos por Covid-19 no mundo passa de 3 milhões

Na última semana, registrou-se uma média de 12.000 óbitos diários por coronavírus

AFP

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A Covid-19 matou mais de três milhões de pessoas em todo mundo desde que foi detectado no final de 2019 e continua se propagando, apesar das restrições e das campanhas de vacinação. Na última semana, registrou-se uma média de 12.000 óbitos diários por coronavírus no mundo todo, uma tendência que levou o total para 3.000.955 mortos reportados, de acordo com balanço da AFP, deste sábado (17), com base em fontes oficiais. Desde o início da pandemia, são mais de 139 milhões de casos de Covid-19 ao redor do mundo.

No Brasil, o segundo país mais atingido do planeta, com 368.749 mortos, são cerca de 3.000 mortes por dia, ou seja, quase 25% do total de falecimentos anunciados diariamente em todo mundo. Este número é mais do que o dobro do registrado em meados de fevereiro.

Na sexta-feira (16), houve um recorde de casos diários no mundo, com 829.596 infecções, ainda de acordo com o balanço da AFP. Neste dia, na Argentina, também se reportou um máximo de infecções diárias, 29.472, metade delas na área metropolitana de Buenos Aires.

A pandemia está em "um ponto crítico", alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na segunda-feira passada, com grandes diferenças entre países como Israel, que conseguiram contê-la graças a uma intensa campanha de vacinação, e outros, como Índia, que estão enfrentando uma escalada de mortes e contágios. Este quadro levou ao reforço de medidas restritivas em grande parte do mundo, na tentativa de conter as transmissões.

A capital da Índia, Nova Délhi, iniciou neste sábado um confinamento de fim de semana, depois de registrar 234.000 contágios e 1.341 óbitos. Na Índia, registra-se o triplo de casos diários que nos Estados Unidos, o país mais afetado no mundo pelo coronavírus, com 566.224 mortes. A situação aumenta a cada dia a pressão sobre os hospitais indianos.

"Chamada de atenção"

Udaya Regmi, da Cruz Vermelha Internacional, afirmou que o "realmente espantoso" aumento de casos de covid-19 no Sudeste Asiático é uma "chamada de atenção para todo mundo". "As vacinas devem estar disponíveis para todo mundo, em toda parte, ricos e pobres, para superar esta terrível pandemia", frisou.

Nos países ricos que implementaram campanhas de vacinação em massa, os balanços despencaram. No Reino Unido, onde 60% da população recebeu pelo menos uma dose da vacina anticovid, registra-se uma média de 30 mortos por dia, um número muito abaixo dos 1.200 falecidos ainda no final de janeiro.

No Japão, o aumento no número de casos disparou os rumores de que os Jogos Olímpicos sejam cancelados. O evento já foi adiado no ano passado, devido à pandemia. Em seu primeiro encontro com o presidente americano, Joe Biden, em Washington, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse que o país está ouvindo os especialistas e fará "todo possível" para preparar o evento, previsto para julho, em Tóquio.

O vírus está impactando eventos do mundo inteiro. Neste sábado, por exemplo, a rainha da Inglaterra Elizabeth II deu seu último adeus ao marido, príncipe Philip, em um funeral que contou com a presença de cerca de 30 pessoas.

"Otimismo cauteloso"

Com 857.194 mortes e quase 27 milhões de contágios, a América Latina e o Caribe são a segunda região do mundo mais castigada pelo coronavírus, atrás da Europa.

Na sexta, o presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, decretou um "estado de prevenção" de 15 dias. Entre outras medidas, entra em vigor a restrição de reuniões e manifestações. Nos últimos dias, o país registrou um aumento de contágios, com uma média de mais de 1.700 casos diários. Com quase 17 milhões de habitantes, a Guatemala acumula 210.667 casos e 7.160 mortes por covid-19.

Na mesma linha, o governo peruano prorrogou por um mês, neste sábado, o estado de emergência vigente há mais de um ano pela pandemia. A medida permite restringir vários direitos da população e será estendida até fim de maio.

Enquanto isso, no Brasil, apesar dos altos números de óbitos e de infecções, o estado de São Paulo anunciou que, a partir deste domingo (18), as lojas poderão abrir. Também estarão autorizados os serviços religiosos presenciais.

Na Europa, os governos se dividem entre a imposição de restrições extras para conter a pandemia e a suavização das medidas.

A Espanha prolongou a quarentena obrigatória para os passageiros procedentes de 12 países, incluindo Brasil, Peru, Colômbia e África do Sul, para tentar evitar a propagação de novas variantes do vírus, mais contagiosas.

Na sexta, a Itália anunciou, por sua vez, que suavizará as restrições em escolas e restaurantes a partir de 26 de abril. Manifestando um "otimismo cauteloso", o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, afirmou que seu governo assumia "um risco calculado".

 


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