Três parlamentares pró-democracia presos em Hong Kong

Três parlamentares pró-democracia presos em Hong Kong

Sete parlamentares são acusados de violência durante incidentes no parlamento em maio passado

AFP

Polícia pediu que outros quatro parlamentares fossem à delegacia

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A polícia de Hong Kong anunciou, neste sábado, a prisão de três parlamentares pró-democracia e pediu que outros quatro fossem à delegacia. Todos são acusados de violência durante os incidentes no parlamento em maio passado, quando a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, quis aprovar uma lei que autorizaria extradições para a China continental. Esse projeto levou às primeiras manifestações há cinco meses, desde então convertidas em um amplo movimento pró-democracia marcado por confrontos entre manifestantes e polícia. Os parlamentares detidos podem ser condenados a até um ano de prisão.

Lam Cheuk-ting, um dos parlamentares convocados à delegacia, disse que não iria. "Se me acusam de ter violado a lei do parlamento, venham aqui e me detenham. Espero por vocês", afirmou.

O parlamento de Hong Kong é composto igualmente por parlamentares eleitos pela população e comissões favoráveis ao governo de Pequim. Em 24 de novembro serão convocadas eleições nos conselhos de distrito, nas quais se espera uma derrota dos candidatos favoráveis a Pequim. Desde o início dos protestos, o número de inscritos nas listas eleitorais aumentou consideravelmente e, pela primeira vez, haverá um candidato pró-democrata em cada um dos círculos eleitorais do território.

"Essas eleições locais são como um referendo que permitirá que o povo de Hong Kong se expresse sobre os problemas sociais, sobre o governo injusto e a brutalidade policial com manifestantes", afirmou a parlamentar Tanya Chan neste sábado.


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