Tribunal ordena que caminhoneiros liberem passagem entre Canadá e EUA

Tribunal ordena que caminhoneiros liberem passagem entre Canadá e EUA

Protestos chegam ao terceiro fim de semana, com prejuízos de centenas de milhões para as economias das duas nações

AE

Caminhões bloqueiam passagem em Ontário

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Um tribunal de Ontário, no Canadá, ordenou nesta sexta-feira que os manifestantes encerrassem o bloqueio de uma ponte importante que liga o Canadá aos Estados Unidos, enquanto o país entrava em um terceiro fim de semana de protestos de caminhoneiros. Os protestos contra medidas impostas pela pandemia do coronavírus paralisaram a capital, desaceleraram o tráfego na fronteira e fizeram com que fabricantes de ambos os países reduzissem as operações.

O presidente da Corte Superior de Ontário, Geoffrey Morawetz, deu aos manifestantes até as 19h (20h de Brasília) para acabar com o bloqueio na Ponte Ambassador, entre Windsor (Ontário) e Detroit (Michigan), a travessia mais movimentada da fronteira EUA-Canadá e uma rota de abastecimento vital entre as montadoras de ambos os lados.

Nesta sexta-feira, mais cedo, a Província de Ontário declarou estado de emergência e afirmou que emitiria pesadas multas, decretaria prisões e apreensões de veículos para acabar com o protesto que isolou Ottawa, capital canadense. Os manifestantes bloquearam o tráfego fronteiriço como parte do protesto contra as restrições da pandemia. Os prejuízos são estimados em quase US$ 235 milhões por dia.

"Haverá consequências para essas ações, e elas serão severas", disse o governador de Ontário, Doug Ford, um conservador. Ele também pediu aos manifestantes que encerrem um "cerco" de Ottawa, que já dura mais de duas semanas, dizendo que eles mantêm os moradores da cidade como reféns.

Candice Bergen, líder da oposição ao premiê, Justin Trudeau, mudou de posição e passou a criticar o protesto. "A economia está sofrendo", disse. Anteriormente, ela havia chamado a manifestação de "patriótica" e posado para fotos com caminhoneiros. Na semana passada, porém, sua situação se complicou. Bergen foi criticada após o vazamento de um e-mail, que mostrava que ela tentou usar a crise para afetar Trudeau.


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