Trump discursará em evento de associação pró-armas após massacre no Texas

Trump discursará em evento de associação pró-armas após massacre no Texas

Presença do empresário no evento do grupo armamentista está previsto para sexta-feira e vai em contramão à opinião de Biden

AFP

Trump afirmou que nenhum presidente foi "maltratado" que nem ele

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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que vai falar nesta semana em uma convenção da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), favorável ao porte de armas, programada para o Texas, onde 19 crianças e duas professoras morreram depois que um homem abriu fogo em uma escola do estado.

O discurso de Trump no evento anual do poderoso grupo de lobby armamentista está previsto para a sexta-feira. "Os Estados Unidos necessitam de soluções reais e de uma liderança real neste momento, não de políticos e partidarismo", disse o ex-presidente em sua rede social, Truth Social. "Por isso, manterei meu compromisso de longa data de falar no Texas, na Convenção da NRA, e realizar um importante discurso aos Estados Unidos", acrescentou Trump.

Os planos e as palavras do ex-presidente o colocam em rota de colisão direta com o atual comandante Joe Biden, que afirmou, após o massacre de terça-feira, que os Estados Unidos devem enfrentar a NRA e aprovar leis significativas para frear a violência armada. "Quando, pelo amor de Deus, faremos o que todos sabem que deve ser feito?", questionou Biden, com a voz embargada, em um discurso à nação nas horas posteriores ao ataque.

O massacre em Uvalde, Texas, aconteceu depois de uma série de agressões semelhantes registradas neste mês nos Estados Unidos: a pior delas havia ocorrido em 14 de maio, quando um autoproclamado supremacista branco de 18 anos matou a tiros dez pessoas em um supermercado em Buffalo, Nova York.

Apesar dos episódios recorrentes de massacres cometidos por atiradores, diversas iniciativas para reformar os regulamentos de armas fracassaram no Congresso dos Estados Unidos, deixando nas mãos de estados e governos locais a competência para endurecer ou flexibilizar suas próprias restrições.


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