Trump tem responsabilidade na invasão do Congresso, diz dossiê da Câmara

Trump tem responsabilidade na invasão do Congresso, diz dossiê da Câmara

Acusação consta em dossiê de 80 páginas elaborado para sustentar o impeachment do republicano

AE

Para os democratas, a postura do político republicano justifica o impeachment

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump teve responsabilidade "inequívoca" nas manifestações que terminaram com a invasão da sede do Congresso americano em 6 de janeiro. A acusação consta em dossiê de 80 páginas elaborado pela Câmara dos Representantes para sustentar o impeachment do republicano, que será julgado no Senado este mês.

"Para proteger nossa democracia e segurança nacional - e para impedir que qualquer futuro presidente considere incitar violência na busca pelo poder - o Senado deveria condenar o presidente Trump e desqualificá-lo de futuros cargos federais", recomenda o documento, de autoria de nove deputados democratas.

O relatório afirma que o ex-líder da Casa Branca "incitou uma multidão violenta" a invadir a sede do legislativo com objetivo de paralisar a sessão de certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais. Segundo o texto, na ocasião, manifestantes ameaçaram a segurança de congressistas, funcionários e policiais. "Nossa sede de governo foi violada, vandalizada e profanada", argumenta.

Pouco antes da invasão, Trump fez um discurso para os apoiadores em que repetiu denúncias sem fundamento sobre a integridade do sistema eleitoral, incluindo alegações sem provas de que Biden venceu o pleito de novembro por meio de fraude. "É impossível imaginar os eventos de 6 de janeiro ocorrendo sem o presidente Trump criando um barril de pólvora, riscando um fósforo e, em seguida, buscando vantagem pessoal da destruição resultante", critica o parecer.

Para os democratas, a postura do político republicano justifica o impeachment, mesmo após o fim do mandato. "Somente depois que o presidente Trump for responsabilizado por suas ações, a nação pode seguir em frente com unidade de propósito e compromisso com a Constituição. E só então os futuros presidentes saberão que o Congresso permanece vigilante em sua defesa de nossa democracia", conclui o documento. 


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