Trump transmite nova teoria conspiração no Twitter
Questão levantada é sobre uma assistente parlamentar que morreu em julho de 2001
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O viúvo de uma mulher no centro de uma teoria da conspiração divulgada por Donald Trump em sua conta no Twitter levou o chefe da rede social a ser chamado para excluir as mensagens do presidente americano em sua conta, embora sem resultados até o momento.
As mensagens de Trump foram direcionadas contra Joe Scarborough, um apresentador da rede MSNBC, um ex-político que era amigo do presidente antes de criticá-lo abertamente nas transmissões.
....about whether or not Joe could have done such a horrible thing? Maybe or maybe not, but I find Joe to be a total Nut Job, and I knew him well, far better than most. So many unanswered & obvious questions, but I won’t bring them up now! Law enforcement eventually will?
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 26, 2020
A questão levantada pelo presidente remonta a julho de 2001, quando Lori Klausutis, uma assistente parlamentar que trabalhava para Scarborough, na época um congressista republicano, sofreu uma queda fatal em um escritório. E a existência da carta ao Twitter enviada por Timothy Klausutis, o viúvo da mulher, foi revelada na terça-feira, apesar da data da semana passada.
A autópsia da mulher de 28 anos concluiu que ela desmaiou após sofrer um ataque cardíaco, caiu no canto de uma mesa e fraturou a cabeça. Scarborough, que anunciou sua renúncia em maio de 2001, mas não deixou o Congresso até setembro, fez carreira na mídia e agora é apresentador do "Morning Joe", onde critica regularmente Trump, que em novembro tentará a reeleição para um segundo mandato.
Desde então, vários sites e blogs mantiveram a teoria da conspiração de que Lori Klausutis foi morta, embora sem exibir evidências tangíveis para a acusação.
No domingo, como havia feito em várias ocasiões desde 2017, Trump retomou o assunto. "Acho que há muito mais a dizer sobre essa história? Uma aventura?", tuitou o presidente dos Estados Unidos.
O viúvo escreveu ao CEO do Twitter, Jack Dorsey, pedindo-lhe para intervir nos comentários: "Por favor, remova esses tuítes" de Trump, afirmou ele na carta divulgada por várias mídias americanas.
“The President of the United States has taken something that does not belong him — the memory of my dead wife and perverted it for perceived political gain. My wife deserves better.”
— Joe Scarborough (@JoeNBC) May 26, 2020
~TJ Klausutis to @Jack https://t.co/hHWaMzfCaU
Joe Scarborough publicou um artigo de Timothy para o New York Times no Twitter. "Minha esposa merece mais do que isso", enfatizou o texto. "Peço que você intervenha porque o presidente dos Estados Unidos se apropriou de algo que não lhe pertence: a memória da minha esposa desaparecida, distorcida simplesmente por cálculos políticos", afirmou.
"Lamentamos profundamente a dor que as declarações causaram e a atenção que receberam", disse um porta-voz do Twitter à AFP.
Até esta terça-feira, a rede não havia reagido publicamente ao pedido do viúvo ou removido os tuítes de Trump.
