Tufão destrói casas e causa inundações nas Filipinas

Tufão destrói casas e causa inundações nas Filipinas

Phanfone fez com que mais de 16 mil pessoas buscasse refúgio em escolas, ginásios e prédios públicos

AFP

Tufão destruiu casas e causou inundações

publicidade

O tufão Phanfone atingiu nesta quarta-feira o centro das Filipinas, estragando o Natal de milhões de habitantes deste arquipélago majoritariamente católico, sem causar vítimas. Dezenas de milhares de filipinos passaram o período de festas presos em suas casas, bloqueados em portos ou em abrigos. Phanfone atingiu a Ilha Samar na terça-feira à noite antes de varrer o arquipélago e seguir para o oeste. Nenhuma vítima foi registrada, mas as equipes de resgate disseram que ainda não chegaram às áreas mais remotas, algumas das quais com importantes inundações. 

O tufão causou danos extensos, destruindo casas, causando a queda de árvores e mergulhando na escuridão muitas cidades. Mais de 16 mil pessoas se refugiaram em escolas, ginásios e prédios públicos, onde passaram a noite de terça a quarta-feira, segundo a Defesa Civil. Embora menos poderoso, Phanfone segue a mesma trajetória que o tufão Haiyan, o mais devastador registrado no país, que matou mais de 7,3 mil pessoas em 2013. "Foi assustador. As vidraças quebraram e nos abrigamos nas escadas", contou Ailyn Metran, que passou a noite com seu filho de quatro anos no escritório meteorológico onde trabalha o marido. 

Casas destruídas

O chão de sua casa em Tacloban estava coberto de lama e uma árvore caiu no telhado de uma casa vizinha. O serviço meteorológico disse que o tufão se fortaleceu um pouco durante a madrugada, com rajadas de vento de até 195 km/h. Os moradores postaram fotos nas redes sociais de casas destruídas, ônibus semi-submersos, estradas bloqueadas por troncos de árvores e bananeiras e coqueiros dilacerados por ventos fortes. O tufão atingiu o arquipélago na véspera de Natal, quando as famílias católicas filipinas se reuniam para celebrar a "noche buena" (boa noite) durante um jantar suntuoso. 

Mais de 25 mil pessoas continuavam presas nos portos nesta quarta-feira devido à interrupção das conexões de balsa, segundo a Guarda Costeira. Muitos voos também foram cancelados, embora Manila tenha sido poupada. Durante a madrugada, Phanfone devastou o Norte da ilha de Cebu, no Centro do país. Voltando para suas casas depois de passar a noite em um abrigo, os moradores constatavam os danos. "Eles estavam mais seguros nos centros de evacuação. Pelo menos puderam comer a ceia de Natal lá, mesmo que houvesse apenas peixe enlatado e macarrão instantâneo", disse Cabaron. "Mas mesmo com a comida na mesa, a atmosfera era diferente porque não estavam em casa", reconheceu. 

Na ilha de Coron, muito popular entre os turistas, as praias estão desertas e os passeios de barco foram suspensos. Os turistas estão enclausurados em seus quartos enquanto aguardam o tufão na quinta-feira. "Muitos estabelecimentos turísticos estão fechados e alguns de nossos clientes não chegaram porque seus voos foram cancelados", disse a recepcionista de um hotel, Nina Edano. "Não temos medo, mas a atmosfera aqui é bastante sombria", acrescentou. Em média, cerca de vinte tufões e tempestades tropicais varrem as Filipinas a cada ano, causando centenas de mortes. Em meados de dezembro, uma violenta tempestade tropical que varreu o norte do país deixou 13 pessoas mortas.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895