UE deve apresentar condições para conceder novo adiamento do Brexit

UE deve apresentar condições para conceder novo adiamento do Brexit

Theresa May defenderá nesta quarta em Bruxelas o adiamento da saída do Reino Unido

AFP

May deve conversar com líderes de Berlin e Paris para discutir saída do bloco

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Os sócios europeus do Reino Unido estão dispostos a conceder um novo adiamento do Brexit além de 12 de abril, mas com algumas condições rígidas. "Estamos em uma situação muito, muito frustrante, pois temos que dar tempo aos britânicos para saber o que desejam realmente", disse o ministro alemão para Assuntos Europeus, Michael Roth, em Luxemburgo.

Roth confirmou que os 27 países estudam adiar o Brexit para depois de 12 abril, "inclusive com uma prorrogação longa", mas isto deve estar "submetido a critérios muito estritos", como a manutenção de uma "atitude construtiva" sobre se deve prolongar sua presença no bloco. A hipótese de uma prorrogação "não é automática", declarou a ministra francesa Amélie de Montchalin. "É muito importante que esta demanda venha acompanhada de um plano político confiável que explique o que acontecerá durante a prorrogação solicitada", completou.

A ministra francesa citou o futuro dos eurodeputados escolhidos no Reino Unido, caso o país participe nas eleições europeias de maio e se Londres deve abandonar em seguida a UE antes da formação da nova Eurocâmara em julho. Um divórcio sem acordo continua sendo uma possibilidade, indicou o chefe da diplomacia irlandesa, Simon Coveney, para quem "os líderes europeus seriam favoráveis a uma prorrogação". "Mas, com certeza, deve existir um plano real para avançar com uma solicitação de adiamento, que seja confiável, para que a prorrogação se decida nos próximos três dias. E acredito que isto poderia acontecer", completou.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, viaja nesta terça-feira a Berlim e Paris, um dias antes de uma reunião crucial na quarta-feira em Bruxelas, onde ela defenderá um adiamento do Brexit. Previsto inicialmente para 29 de março, o divórcio foi adiado para 12 de abril. Mas sem conseguir a aprovação ao acordo de separação no Parlamento britânico, May solicitou um novo adiamento até 30 de junho.


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