UE pede que Estados-membros aceitem refugiados afegãos

UE pede que Estados-membros aceitem refugiados afegãos

Comissão irá dar apoio orçamentário aos governos que se oferecerem a ajudar os refugiados

AFP

Anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pediu neste sábado (21) a todos os países, principalmente os europeus, para receberem refugiados afegãos e afirmou que os Estados-membros da União Europeia terão o apoio financeiro da Europa.

"Faço um apelo a todos os Estados que participaram das missões no Afeganistão, aos europeus e a outros que concedam limites suficientes de recepção (...) para que possamos agir coletivamente em ajuda daqueles que precisam de proteção", disse Ursula von der Leyen após uma visita à Espanha no centro de recepção de funcionários afegãos da União Europeia em Cabul.

"A Comissão está disposta a considerar os meios orçamentários necessários para apoiar os Estados-membros da União Europeia que se oferecerem a ajudar os refugiados a se instalarem em seu território", continuou, em coletiva de imprensa na base militar de Torrejón de Ardoz (nordeste de Madri), onde este centro de acolhida foi instalado.

Não ficou claro quantos países-membros da UE se comprometeram a receber refugiados afegãos ou se alguns governos se recusaram.

Acompanhada pelo presidente do governo Pedro Sánchez, Von der Leyen e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, visitaram esta base, por onde devem passar todos os afegãos que trabalharam em Cabul para as instituições da União Europeia, junto com suas famílias, antes de serem distribuídos para diferentes países.

Referindo-se ao caráter sensível da questão da imigração na Europa, Michel defendeu o estabelecimento de "migrações regulares e ordenadas". Von der Leyen insistiu que houve "contatos operacionais" entre a União Europeia e o Talibã para "salvar vidas", mas que não houve "nenhum diálogo político" com este movimento e, portanto, "nenhum reconhecimento do Talibã".

Sánchez afirmou, sem fornecer números, que uma certa quantidade de afegãos já foi para outros países, principalmente para a "Dinamarca e outros para os países bálticos".


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