UE recorda Hungria que medidas de emergência devem ser limitadas ao necessário

UE recorda Hungria que medidas de emergência devem ser limitadas ao necessário

Votação no Parlamento da Hungria concedeu ao primeiro-ministro Viktor Orban poderes excepcionais

AFP

A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, destacou que "todas as medidas de emergência" tomadas pelos países membros para lutar contra o coronavírus "devem ser limitadas ao necessário"

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A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, destacou nesta terça-feira que "todas as medidas de emergência" tomadas pelos países membros para lutar contra o coronavírus "devem ser limitadas ao necessário" e ser "proporcionais". Em um comunicado publicado um dia depois de uma votação no Parlamento da Hungria que concedeu ao primeiro-ministro Viktor Orban poderes excepcionais, Von der Leyen também recorda que "a democracia não pode funcionar sem meios de comunicação livres e independentes".  A lei húngara prevê até cinco anos de prisão para a divulgação de "informações falsas".

Ursula von der Leyen não menciona especificamente a Hungria, mas o porta-voz da Comissão, Eric Mamer, leu o comunicado em uma entrevista coletiva na qual foi perguntado sobre o país. O primeiro-ministro Viktor Orban obteve na segunda-feira a autorização do Parlamento para legislar por decretos, no âmbito do estado de emergência por tempo indeterminado para lutar contra o coronavírus.

A Comissão "analisa a lei" húngara e "supervisiona estreitamente sua aplicação por parte do governo", indicou um porta-voz do Executivo europeu, Christian Wigand. Os europeus acusam com frequência o governo ultraconservador de Orban de violar o Estado de direito.


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