União Europeia anuncia grande embargo ao petróleo russo

União Europeia anuncia grande embargo ao petróleo russo

Bloco desejava banir por completo matriz energética da Rússia, mas esbarrou no receio da Hungria sobre segurança energética

R7

Rússia acredita que cartel estaria por trás da queda nos preços do petróleo

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Os líderes da União Europeia chegaram na noite desta segunda-feira a um acordo sobre o embargo a "mais de dois terços" de suas compras de petróleo russo, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no Twitter. "Acordo para proibir a exportação de petróleo russo para a União Europeia. Isso cobre de imediato mais de 2/3 das importações de petróleo da Rússia, cortando uma enorme fonte de financiamento para sua máquina de guerra", informou Michel.

O acordo anunciado foi alcançado ao fim do primeiro dia de uma cúpula extraordinária do bloco europeu em Bruxelas, e permitiu superar por enquanto um tema extremamente delicado que havia deixado expostas diferenças entre os países do bloco.

O sexto pacote de sanções proposto pela União Europeia contra a Rússia, pela guerra na Ucrânia, incluía a ideia de um embargo total ao petróleo russo, mas essa iniciativa se deparou com a oposição da Hungria, que teme por sua segurança energética.

A saída encontrada pelos negociadores foi adotar um embargo que inicialmente afetará as importações de petróleo russo que chegam ao bloco europeu pelo mar, excluindo por enquanto as entregas por oleodutos.

No entanto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que a Alemanha e a Polônia concordaram em até o fim do ano renunciar ao recebimento de petróleo russo pelos oleodutos. Com isso, o embargo afetará 90% das importações de petróleo da Rússia pela União Europeia. Além do controverso embargo ao petróleo, o sexto pacote de sanções inclui a retirada de mais bancos russos da rede interbancária Swift e a inclusão de novos nomes na lista de autoridades sancionadas.


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