Vídeo mostra momento em que míssil russo atinge shopping na Ucrânia

Vídeo mostra momento em que míssil russo atinge shopping na Ucrânia

Ataque provocou incêndio que deixou pelo menos 20 mortos e 59 feridos; Rússia diz que atacou depósito de armas ocidentais

R7 e AFP

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Um vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa da Ucrânia nesta terça-feira (28) mostra o momento exato em que um míssil russo atingiu o shopping center Amstor na cidade ucraniana de Kremenchuk, na segunda-feira (27). 

O ataque provocou um incêndio que deixou pelo menos 20 mortos e 59 feridos em um horário de muito movimento no centro comercial. De acordo com o Ministério da Defesa, 2.811 mísseis russos atingiram o país nesta terça.

O Exército russo afirma ter atacado um depósito de armas ocidentais em uma fábrica de máquinas para construção, de onde o incêndio se propagou para o shopping, e que o centro comercial estava vazio. Os moradores de Kremenchuk negam a versão.

A cerca de dez minutos a pé do shopping, há uma fábrica de máquinas de construção. O local foi visitado nesta terça-feira por jornalistas da AFP, que constataram que uma das edificações estava destruída e o resto permanecia intacto, sem nenhum rastro de material militar.

Nenhuma possibilidade de sobreviver

Quatro guindastes gigantes foram mobilizados para retirar os escombros. O estacionamento foi ocupado por caminhões de bombeiros e veículos de resgate e do Exército ucraniano. As operações foram suspensas por mais de uma hora após soarem sirenes de alerta.

Antonina Chumilova observava tudo de seu salão de beleza, que teve a porta quebrada com o impacto. "Pouco antes do ataque russo, ouvi a sirene de alerta e, dez minutos depois, duas explosões com intervalo de um segundo", contou. "Em cerca de 15 minutos, estava tudo queimado", explicou.

Ivan Melekhovets disse à AFP que "não há nenhuma possibilidade de sobreviver" a um incêndio como o que ocorreu. "O mais difícil é ver os corpos de adultos e crianças", desabafou o socorrista, que participou das buscas na segunda-feira. "Agora trabalhamos para encontrar pessoas desaparecidas, entre 50 e 60", informou.


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