Visita de Trump a Vietnã terá encontro com líderes comunistas
País vem sendo acusado de violação dos direitos humanos
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Em princípio, os encontros se concentrarão nas trocas comerciais com o Vietnã, um país de 90 milhões de habitantes em pleno boom econômico. Também se espera - especialmente as ONGs - que Trump se manifeste sobre a questão dos direitos humanos. Tanto para o Vietnã, quanto para outros países acusados de violarem os direitos fundamentais, o governo Trump garante que prefere a discrição às denúncias públicas. "O presidente se concentra no que é eficaz em termos de proteção dos direitos humanos e do respeito do Direito", afirmou o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, antes da viagem para a Ásia. "De que serve gritar sobre esses temas? De qualquer modo, isso não se mostrou muito eficaz na história recente", acrescentou.
Em uma visita ao Vietnã de seu antecessor, o democrata Barack Obama, em maio de 2016, o então presidente falou abertamente com as lideranças do país comunista sobre uma mudança de rumo. "Garantir os direitos não é uma ameaça para a estabilidade" de um país, declarou Obama em um discurso em Hanói diante de mais de duas mil pessoas e transmitido ao vivo pela televisão nacional, algo inimaginável em outros tempos.
Depois de sua etapa em Hanói, de menos de 24 horas, Trump viajará para Manila, nas Filipinas, última etapa de sua maratônica turnê pela Ásia. Lá, reúne-se com o presidente desse país, Rodrigo Duterte.