Ação foi comedida e técnica, diz comandante após confronto na Cidade Baixa

Ação foi comedida e técnica, diz comandante após confronto na Cidade Baixa

Tenente-coronel Luciano Moritz relatou que houve tentativas de invasões, pichações e baderna generalizada no bairro de Porto Alegre

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Tumulto na Cidade Baixa foi registrado na madrugada desta segunda-feira

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O confronto entre parte dos frequentadores da Cidade Baixa e a Brigada Militar (BM), registrado na madrugada desta segunda-feira, provocou o acionamento do Batalhão de Choque e a utilização de bombas de efeito moral na região da rua da República, esquina com a avenida João Pessoa, em Porto Alegre. O comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, o tenente-coronel Luciano Moritz, afirmou que ação foi comedida e técnica. 

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"Isso tudo partiu de um evento em via pública não autorizado pela prefeitura, que originou diversas ligações para o 190. Fomos informados de baderna generalizada, pichações, tentativas de invasões e isso não tem nada a ver com um evento cultural. Nosso atendimento, num primeiro momento, foi no sentido de conversar e pedir para respeitar o sossego alheio. Não usamos bala de borracha em nenhum momento e chamamos o Choque (Batalhão) para fazer a dispersão. Foi uma ação comedida, ponderada e técnica", disse Moritz em entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira. 

Moritz justificou a ação dos policiais militares a partir da reação de parte do público que estava na região naquele momento. "O público que estava ali não era um público família. Não conseguimos identificar quem organizou o evento, mas não estamos falando de 10 ou 100 pessoas. Estamos falando de um grupo muito grande e por isso acionamos o Batalhão de Choque", explicou. 

Em nota, a Brigada Militar (BM) informou que devido a grande quantidade de ligações reclamando da perturbação ao sossego público "que de pronto foram enviados policiais militares ao local para solicitar que baixassem o som e desocupassem a vida". "Enquanto havia a presença policial no local o som era baixado e a via desocupada. Bastava a Brigada Militar se afastar que o problema voltava a ocorrer", diz a nota divulgada na manhã desta segunda-feira. 

De acordo com a nota, o Comando do 9º Batalhão de Polícia detalhou que foi seguido um protocolo específico para ocorrências que envolvem grande aglomeração de público. " Os policiais militares conversaram por diversas vezes com aqueles que promoviam o som alto e ocupavam a via. Sendo infrutífera tal interlocução, foram avisadas as pessoas que ali estavam que deveriam portar-se de maneira tal que não causassem inconvenientes para a coletividade. Não logrando êxito, dispomos no logradouro a tropa de choque a fim de que a simples presença desse efetivo especializado demovesse àqueles que estavam causando transtorno. Foi então que em direção dos policiais foram arremessadas garrafas e pedras."

Devido a "flagrante agressão ao Estado",  os policiais do 1º Batalhão de Polícia de Choque dispuseram-se no terreno, conforme preconiza a técnica, e se dirigiram ao público. "O simples avançar da tropa de choque já culminou com a dispersão da grande massa. Somente em um momento, pontual, foi necessário o uso de material de dispersão (granada), para dispersar aqueles mais exaltados. Depois desta ação enérgica, todavia comedida, foi possível se restabelecer a paz e a tranquilidade no bairro Cidade Baixa. Ocorreram, às dezenas, manifestações da comunidade do bairro agradecendo à Brigada Militar pelo restabelecimento da ordem pública", informa a nota. 

A Brigada Militar frisou que não houve registro de feridos. 


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